Correlação entre indicadores antropométricos de obesidade em militares do Exército Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pinheiro-DaCunha, Rafael Soares
Orientador(a): Waissmann, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5400
Resumo: Introdução: a obesidade é a mais comum desordem nutricional associada a significativas doenças crônicas (hipertensão, diabetes mellitus do tipo 2, hipercolesterolemia), bem como apoplexia, apnéia do sono, problemas articulares e certos tipos de cânceres. A importância da avaliação da composição corporal deve-se ao fato do peso corporal isoladamente não poder ser considerado um bom parâmetro para a identificação do excesso ou déficit dos componentes corporais (massa gorda, massa magra, massa óssea e massa residual). A questão da obesidade pode ser considerada até mesmo como um fator limitador do desempenho profissional. É este o caso do profissional militar – que tem na higidez e na manutenção de sua aptidão física um requisito primordial para suas atividades do dia-a-dia. Objetivo: o presente estudo teve por objetivo comparar alguns dos principais indicadores antropométricos de obesidade (massa corporal total-MCT, índice de massa corporal-IMC, índice da relação cintura/quadril-IRCQ, índice de conicidade-índice C e circunferência de cintura-CC) com o percentual de gordura corporal (%GC) avaliado por meio do padrãoouro (pesagem hidrostática), em militares de ambos os sexos do Exército Brasileiro. Métodos: Participaram do estudo 401 militares, sendo 257 do sexo masculino (idade 34,66 ± 11, 50 anos, massa corporal e estatura 175,8 ± 6,97 cm) e 144 do sexo feminino (idade 29,95 ± 6,89 anos, massa corporal 59,31 ± 6,96 kg e estatura 165,0 ± 5,81 cm), selecionados por conveniência, todos residentes na guarnição do Rio de Janeiro. No tratamento dos dados usou-se a estatística descritiva e para a comparação das médias a correlação de Pearson (p 0,05). Resultados: como valores médios para a amostra masculina encontrou-se MCT ± 78,43 ± 11,98 kg, IMC= 25,34 ± 3,38 kg/m2 , IRCQ= 0,88 ± 0,66, índice C= 1,22 ± 0,07, CC= 88,82 ± 10,28 cm e %GC= 16,83 ± 7,36 %; e para a amostra feminina MCT ± 59,31 ± 6,96 kg, IMC= 21,79 ± 2,45 kg/m2 , IRCQ= 0,76 ± 0,14, índice C= 1,07 ± 0,05, CC= 70,18 ± 5,75 cm e %GC= 23,08 ± 5,85 %. Houve correlação significativa e robusta do %GC com o índice C (r= 0,840 para p= 0,00) e com a CC (r= 0,828 para p= 0,00) nos homens e significativa entre o %GC com a CC (r= 0,709 para p= 0,00) nas mulheres. Conclusão: o índice C e a CC apresentaram as correlações mais significativas, no entanto o índice C, que nos homens apresentou maior robustez, não repetiu o mesmo desempenho nas mulheres. Cabem, desta forma, estudos adicionais que permitam não só a interpretação e a classificação dos valores do índice C, como também a determinação da associação deste indicador antropométrico com o risco de doenças cardiovasculares.