Avaliação de desempenho do Programa de Controle da Hanseníase em um município endêmico de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caraciolo, Morgana de Freitas
Orientador(a): Oliveira, Sydia Rosana de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34876
Resumo: Introdução. Ao considerar as questões complexas de natureza histórico-antropológicas e sociais da hanseníase que transcendem os aspectos biológicos, são identificadas dificuldades para incorporação das ações de vigilância epidemiológica na atenção básica. Os resultados nem sempre tem alcançado o objetivo desejado, pois questões que dependem da gestão (apoio político e estrutural) perpetuam-se como problemas. Objetivo. Avaliar o desempenho do Programa de Controle da hanseníase (PCH) em um município endêmico de Pernambuco, com base no Modelo de Avaliação Global e Integral de Desempenho dos Sistemas de Saúde (EGIPSS) adaptado para avaliar o PCH. Método. Local: Olinda-PE. Sujeitos: 406 profissionais que trabalhavam com hanseníase. Coleta de dados: Dados primários (entrevistas com questionários); e secundários (Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram compilados numa Matriz de Desempenho com indicadores relacionados às funções: Adaptação, Manter valores, Atingir metas e Produção. O desempenho foi classificado de acordo com um score. Considerando o caráter dinâmico do desempenho, identificaram-se também os equilíbrios entre as funções (estratégico, alocativo, tático, operacional, legitimador e contextual), com classificação positiva ou negativa. Resultados e discussão. O desempenho do PCH municipal foi satisfatório (55,9%). Quando da análise por função, Adaptação (68%), Manter valores (63%) e Produção (60,0%) obtiveram desempenho satisfatório; E Atingir metas (33%), desempenho insatisfatório. Os equilíbrios operacional (7,67), alocativo (7,00) contextual (5,67) e tático (0,25) foram positivos; e o estratégico (-1,75) e o Legitimado (-1,08), negativos. Os achados mostram que fatores como cultura organizacional e a adaptação do PCH frente as necessidades da população interferiram negativamente para o alcance das metas em maior escala do que a adesão as normas preconizadas em termos de produção de ações e serviços. Conclusão. A avaliação mostrou ser apropriada para identificação das fortalezas e fragilidades nas diferentes funções do desempenho, proporcionando meios para melhor compreendê-lo e instituir estratégias de melhoria.