Análise sobre acesso e qualidade da atenção integral à saúde de mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis na Atenção Básica de Saúde na Cidade do Recife, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Andréia Carvalho Jambeiro de
Orientador(a): Brito, Ana Maria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32910
Resumo: A população LGBT, em decorrência da não adequação do gênero ao sexo biológico ou à identidade sexual heteronormativa, historicamente é submetida a situações de vulnerabilidade, decorrentes do preconceito e do estigma social. Para enfrentar os desafios impostos ao agravamento de saúde dessa população, o Ministério da Saúde reconheceu que a identidade sexual e de gênero são constituintes de um processo complexo de discriminação e de exclusão e lançou em 2011, atendendo às demandas da mobilização social, a Política Nacional de Saúde Integral LGBT. O estudo objetivou analisar o acesso e a qualidade da Atenção Integral à saúde de mulheres lésbicas, bissexuais, mulheres transexuais e travestis na Atenção Básica de Saúde, na cidade do Recife. Esse foi um estudo descritivo quali e quanti, desenvolvido por meio de oficinas com as mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis frequentadoras do SUS e da aplicação de um questionário sócio-demográfico. Para a análise descritiva dos questionários utilizou-se o software excel 2010 e o SPSS versão 22.0. Já a análise das oficinas foi realizada com o método análise do discurso, pois a mesma trabalha com o sentido e não com o conteúdo do texto. Os resultados dos questionários mostram que a maioria das lésbicas se identificam no gênero como mulher, orientação sexual como lésbica, não participam de movimento social e possuem escolaridade com ensino superior. Já a maior parte das mulheres transexuais e as travestis possuem no máximo o ensino médio, se identificam com orientação sexual heterossexual e sinaliza a categoria “mulher” como a identidade de gênero. A análise das oficinas aponta como principais dificuldades no acesso a saúde integral e na qualidade do atendimento prestado estão o preconceito, a discriminação, a falta de informação e o despreparo dos profissionais de saúde, quando se recusam a reconhecer as especificidades dessas pessoas e potencializam o afastamento dessas usuárias dos serviços de saúde.