Estudo da associação entre os níveis plasmáticos de zinco e a resposta imune na Leishmaniose humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Santana, Gisélia dos Santos
Orientador(a): Van Weyenbergh, Johan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34203
Resumo: A leishmaniose mucosa, cutânea localizada, e visceral, são caracterizadas por apresentar uma resposta imune celular exacerbada, intermediária e ineficiente, respectivamente. Foi investigado os níveis de cobre e zinco em diferentes formas clínicas da leishmaniose e a correlação da resposta imune humoral e/ou celular contra o parasita. Foi coletado sangue de 32 pacientes com leishmaniose cutânea localizada (LCL), mucosa (LM) ou visceral (LV), bem como de 25 controles urbanos e de área endêmica. Os níveis plasmáticos de Cu e Zn foram quantificados por espectrofotometria de absorção atômica. A resposta imune celular e humoral anti-Leishmania foram avaliadas por quantificação de IgG plasmática específica, linfoproliferação e produção de citocinas, respectivamente. Uma diminuição significante de Zn no plasma foi observada em todos os três grupos de pacientes, quando comparados com controles, mas apenas nos pacientes com LV (7/10) e LM (1/7) foi observada uma deficiência aguda de Zn. Os níveis plasmáticos de Cu estavam aumentado nos pacientes com LCL e L V, mas não em LM, e correlacionaram-se significantemente com IgG anti-Leishmania. A razão Cu/Zn foi elevada em pacientes com deficiência na resposta imune celular (LV < LCL < LM) e exacerbada resposta imune humoral (LV>LCL>ML). A possível associação de deficiência de Zn com dados clínicos foi avaliada em estudo prospectivo de 12 pacientes com LV, nos quais os níveis de Zn eram preditivos para a evolução do tamanho de baço. Concluímos que deficiência de Zn em LV e LM indica a possibilidade da administração terapêutica de Zn nessas formas severas da leishmaniose, e que o aumento da razão Cu/Zn pode ser um marcador da disfunção imune na leishmaniose.