Comparação entre transplante haploidêntico e transplante com doador não-aparentado em pacientes com doenças hematológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Arcuri, Leonardo Javier
Orientador(a): Pacheco, Antonio Guilherme Fonseca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49723
Resumo: O transplante de alogenico de células tronco hematopoiéticas é o tratamento mais eficaz para uma série de doenças malignas e não-malignas. Como apenas cerca de 25% dos pacientes terão doador compatível, o número de transplantes de doador alternativo vem crescendo no mundo. O objetivo deste trabalho foi comparar os resultados de transplante haploidêntico com doador não-aparentado. Foi, inicialmente, feita uma meta-análise de estudos que tinham comparado transplante haploidêntico a transplante não-aparentado, em que não encontramos nenhuma diferença em termos de sobrevida global ou recaída de doença e uma pequena diferença na mortalidade não relacionada a recaída. Encontramos menor risco de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) para transplante haploidêntico que aparentemente se deveu à maior frequência de uso de fonte medula óssea. Após, fizemos um estudo de coorte no Rio de Janeiro comparando os resultados de transplante haploidenico à transplante nãoaparentado. Em uma população que utilizou majoritariamente medula óssea e cujos pacientes do grupo não-aparentado fizeram profilaxia à base de ATG ou PTCy, não identificamos qualquer diferença entre os dois tipos de transplante. Mostramos piores resultados em termos de sobrevida e mortalidade não-relacionada a recaída com o uso de sangue periférico. Mostramos ainda um aumento na incidência de DECH quando combinou-se fonte periférica à uma celularidade CD34 maior que 2.8 x10E6/kg. Para reativação de CMV, o risco foi menor com doses maiores de CD34, e maiores naqueles com títulos pré-transplante de CMV IgG altos, que tiveram DECH aguda ou que receberam condicionamento de intensidade reduzida.