Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Márcia Aparecida Ribeiro de |
Orientador(a): |
Mattos, Rita de Cássia Oliveira da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4758
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Resumo: |
Nos últimos anos cresceu a preocupação com a exposição crônica a baixos níveis de chumbo, principalmente, para as mulheres grávidas e crianças. A exposição das crianças pode começar ainda durante a vida intrauterina e se agravar durante a infância. A toxicidade do chumbo se expressa principalmente sobre o sistema hematológico, alterando a atividade de enzimas da biossíntese do heme. Deste modo, ocorre o acúmulo de ácido δaminolevulínico (ALA) que é excretado pela urina. O estado nutricional pode alterar a suscetibilidade à exposição ao chumbo através de vários fatores como a quantidade de calorias, cálcio, ferro e vitamina D ingeridos. O objetivo deste trabalho é avaliar a exposição ao chumbo através dos indicadores ácido δ-aminolevulínico urinário (ALA-U) e zincoprotoporfirina (ZPP) e determinar a influência nutricional na toxicidade deste metal em crianças através da análise da vitamina D (25OHD) e do consumo alimentar de micronutrientes importantes para o metabolismo ósseo. Para tanto, foi padronizado um método para determinação de 25OHD em plasma e os seus níveis foram estudados em uma população de crianças de 0 a 16 anos, residentes em uma comunidade do Complexo de Manguinhos, RJ. Também foram avaliados os níveis de ALA-U e ZPP e o consumo alimentar. A metodologia padronizada mostrou-se sensível e específica, capaz de distinguir os níveis suficientes e deficientes desta vitamina, e classificar as deficiências em suave, moderada e grave. A população apresentou grande deficiência no consumo de cálcio, ferro e vitamina D, além de baixo consumo de calorias. O indicador de efeito ALA-U foi capaz de identificar o grupo de crianças mais suscetível à exposição. Além disto, foi observada uma correlação negativa com os índices hematimétricos, mostrando que este indicador é adequado para a avaliação da exposição ambiental e capaz de predizer as alterações hematológicas, verificado através da construção de modelos de regressão linear. Na avaliação da ZPP, 78,5 % das crianças tiveram valores acima dos de referência. O consumo de vitamina D também apresentou correlação negativa com os níveis de chumbo em sangue (Pb-S) e foi capaz de predizer os níveis deste indicador em 8,4 %, demonstrando a importância deste fator nutricional na exposição ao chumbo. |