Estado nutricional de crianças indígenas Guarani no sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barreto, Carla Tatiana Garcia
Orientador(a): Cardoso, Andrey Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25696
Resumo: A desnutrição e a anemia figuram entre os principais problemas de saúde das crianças menor 5 anos em países em desenvolvimento e costumam integrar um circulo vicioso de desnutrição-infecção, no qual as infecções respiratórias agudas (IRA) e as diarréiaspossuem grande relevância epidemiológica. Estudos em povos indígenas no Brasil descrevem altas prevalências de desnutrição infantil e de anemia nesse grupo etário. Recentemente, foi demonstrado que as IRA e diarréias estão entre as principais causas de hospitalização e óbito nas crianças Guarani menor 5 anos no Sul e Sudeste do Brasil, tendo sido identificados entre os fatores de risco para hospitalização por IRA o baixopeso ao nascer e a desnutrição medida pelo índice P/I. O objetivo deste estudo foi caracterizar o estado nutricional das crianças indígenas Guarani menor 5 anos residente em 5 aldeias do litoral sul do Rio de Janeiro e em uma aldeia contígua às anteriores, no litoralnorte de São Paulo. Realizou-se uma análise descritiva das prevalências de desnutrição e anemia e análise de regressão logística multivariada hierárquica, para identificardeterminantes desses agravos. A baixa estatura para idade (E/I) foi o principal défict antropométrico encontrado, sobretudo quando utilizada a curva de referência da OMS (NCHS: 40,8 por cento; OMS: 50,4), seguida dos índices P/I (NCHS: 11,0 por cento; OMS: 7,9 por cento) e P/E (NCHS: 1,6 por cento; OMS: 0,8 por cento). As prevalências de desnutrição pelos índices E/I e P/Isofrem forte incremento a partir dos 12 meses, sendo maiores entre 12 e 23 meses de idade. A prevalência global de anemia foi de 65,2 por cento, chegando a 88,9% entre 6 e 11 meses.