Prevalência de alteração audiométrica e de hábitos auditivos em jovens de escola pública e privada, Manaus, 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marques, Ana Paula Costa
Orientador(a): Monteiro, Gina Torres Rego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27952
Resumo: A crescente exposição de jovens a ruídos de lazer, por meio do uso de estéreos pessoais vem ganhando destaque uma vez que pode trazer danos auditivos e à saúde em geral. Observa-se o uso indiscriminado de fones de orelhas nos diversos tipos de equipamentos eletrônicos de uso pessoal em volume forte e por longos períodos. Nesse sentido, o objetivo dessa tese foi determinar a associação entre hábitos e atitudes frente a ruídos e déficit auditivo em jovens escolares de 15 a 19 anos de idade, na cidade de Manaus, em 2013. Foi realizado um inquérito com 238 adolescentes de 15 a 19 anos de idade, regularmente matriculados nas escolas selecionadas, em Manaus, capital do Estado do Amazonas. Foram aplicados dois questionários: um para investigação dos hábitos e história auditiva e outro para perda auditiva autorreferida (self-reported hearing loss). Os alunos foram submetidos a meatoscopia e audiometria tonal. Todos os estudantes referiram utilizar algum estéreo auditivo, sendo que 51,7 por cento referiram uso diário; 23,1 por cento negaram qualquer sintoma auditivo, tendo sido o mais prevalente, o zumbido (36,5 por cento). O fone de inserção era usado por 94,1 por cento, sendo que 46,2 por cento classificaram o volume como forte; 8,8 por cento referiram sensação de orelha tampada, seguido de perda de concentração e desinteresse em conversar (8,0 por cento cada). Quanto à autopercepção da audição, 35 por cento referiram redução da audição, com os mais velhos referindo pior audição. A audiometria identificou que 2,6 por cento participantes apresentaram alteração do limiar auditivo. Os resultados sugerem que o uso indiscriminado do dispositivo eletrônico traz sintomatologia auditiva e não auditiva, causando repercussões na saúde desses jovens, inclusive o comprometimento auditivo. O estudo contribui com o tema no sentido de chamar atenção para o risco a que esses jovens estão expostos pelo uso indiscriminado dos estéreos auditivos.