Avaliação da expressão dos receptores FcGama em leucócitos de pacientes com Leishmaniose cutânea localizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Santana, George Mariane Soares
Orientador(a): Weyenbergh, Johan van
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34487
Resumo: O curso da infecção por Leishmania características clínicas variadas, dependente da virulência e do tropismo do parasita, além da resposta imune do hospedeiro. Recentemente foi demonstrado que a infecção por Leishmania mexicana não se estabelece na ausência de anticorpos circulantes ou dos receptores Fc. Sabendo que os receptores Fc constituem uma interface entre a resposta imune humoral e celular, e que estes dois tipos de resposta aparentemente se antagonizam na leishmaniose, avaliamos a expressão dos receptores para IgG (CDI 6, CD32 e CD64) na superficie de leucócilos do sangue periférico de pacientes com leishmaniose cutânea localizada, comparando com controles sadios e correlacionamos a expressão dos receptores para IgG com dados clínicos. Nossos dados mostram um aumento significativo da porcentagem de monócitos expressando CDI6, de linfócitos expressando CD32, e de neutrófilos expressando CD32 e CD64. A expressão de CD32 em linfócitos mostrou correlação sIgnificativa com a porcentagem de célula B em pacientes, mas não em controles, o que sugere uma possível participação deste receptor na resposta humoral na leishmaniose cutânea localizada. Em contraste aos controles, a percentagem de CD16 em monócitos de pacientes não se correlacionou com CD64 em neutrófilos e com nenhum marcador de linhagem mieloide ou linfoide. Porém, observamos correlação significativa entre a porcentagem de CD16 em monócitos e o tamanho da lesão nos pacientes, sugerindo que este receptor representa um possível marcador de severidade e/ou evolução clínica de doença, como já foi demonstrado na AIDS.