O sertão vai virar campo: análise de um periódico agrícola (1930-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Temperini, Rosana Soares de Lima
Orientador(a): Wegner, Robert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6120
Resumo: Este estudo tem por objetivo analisar o discurso de práticas científicas no Brasil. Elegemos como tema preferencial a contribuição de uma geração de cientistas que, a partir dos anos 1930, atuou na elaboração de projetos modernizadores para o sertão. Partimos da premissa que não houve uma descontinuidade entre o discurso higienista de saneamento dos sertões das décadas de 1910-20 e as idéias de modernidade agrícola desenvolvidas a partir de 30. Ao mesmo tempo em que cobravam responsabilidade do Estado na promoção de saúde e educação no campo, cientistas e intelectuais assumiram o papel de promotores da modernização por meio da divulgação de seus conhecimentos.Tomamos a revista agrícola O Campo como objetivo de análise por considerarmos que a mesma se inscreve num momento histórico onde se cristaliza no país um ideário moderno para a sociedade rural, insinuando desde a década de 20. Essa revista representou o ideal daqueles que se autodelegaram a missão de integrar o interior do país à nação.Nesse sentido, esses cientistas viam-se como promotores da modernização a partir da percepção de um passado colonial que influenciara o método de trabalho do homem do sertão. Com isso, observamos o ideário de construção de um novo homem do campo que, agora com saúde, deveria aprender a trabalhar com mais racionalidade. Este ideário estava, assim, voltado para a construção de um novo ethos cultural.