O programa saúde da família no Brasil: a resolutividade do PSF no Município de Volta Redonda, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: D'Aguiar, José Manuel Monteiro
Orientador(a): Dominguez Ugá, Maria Alicia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4648
Resumo: O objetivo principal da dissertação é analisar o Programa Saúde da Família tomando como eixo central a questão da resolutividade, definida como uma ação ou cuidado que consiga suprimir, minorar ou abreviar o período de manifestação dos sintomas, promover a remissão ou a cura do processo mórbido no menor tempo possível, limitar a incapacidade superveniente e evitar a evolução para o desfecho letal. Faz-se um percurso que começa na década de 1960 com as discussões que tiveram lugar no Brasil visando a implementação de programas de saúde voltados para a comunidade e núcleo familiar. Aborda-se igualmente a influência de países como Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá e Cuba nesse processo. A implementação bem sucedida do Programa dos Agentes Comunitários de Saúde, em 1991, veio a constituir o propulsor do Programa Saúde da Família, criado em 1994, como uma nova estratégia para a atenção básica voltada para a família e a comunidade onde se insere com o objetivo de alargar o acesso aos cuidados e serviços de saúde a toda a população. Para confrontar os propósitos teóricos do programa e a prática realizou-se um trabalho de campo no município de Volta Redonda (RJ) onde se constatou algumas particularidades que são ressaltadas, tais como a inadequação do atual sistema de coleta de dados referente à produção dos profissionais das equipes do PSF, o deficiente funcionamento do sistema de referência e contra-referência dos pacientes, a existência de vários fatores que condicionam a produtividade e resolutividade dos profissionais, a precária integração do programa na rede local dos serviços de saúde, alta rotatividade dos médicos e uma atenção mais voltada para o campo assistencial com poucas ações de promoção da saúde. Dessas constatações são avançadas algumas propostas visando adequar a prática do programa aos pressupostos teóricos formulados pelo Ministério da Saúde e contribuir para a melhoria qualitativa dos serviços.