Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Vitor José da Rocha |
Orientador(a): |
Kropf, Simone Petraglia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6101
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Resumo: |
A presente pesquisa aborda a importância do tema da saúde no discurso dos militares brasileiros (mais especificamente do Exército) a respeito da construção de uma identidade nacional no período do Estado Novo (1937-1945), com particular ênfase aos anos relativos à Segunda Guerra Mundial. Para isso, serão analisados os textos publicados na revista Nação Armada, revista civil-militar consagrada à segurança nacional, editada, com periodicidade mensal, entre novembro de 1939 e março de 1947. Buscou-se avaliar de que maneira a concepção destes militares sobre os problemas sanitários do país (particularmente no âmbito das Forças Armadas), e sobre as intervenções necessárias à sua solução, foi central para a afirmação e a legitimação do papel do Exército como força política e ideológica decisiva para o projeto de “regeneração” do “povo brasileiro” e de elaboração de uma “nova nação” naquele período do primeiro governo do Presidente Getúlio Vargas. Dentre os temas abordados pela revista, as questões relacionadas à saúde estavam, em particular, associadas à questão do recrutamento militar, que ganhou especial visibilidade e importância no contexto do conflito mundial. Preconizando os valores e práticas da higiene, da educação física e da eugenia como elementos fundamentais para a conformação de um “soldado-cidadão”, “apto” a atuar não apenas na guerra, mas fundamentalmente como exemplo/modelo para o “novo homem brasileiro”, a análise dos discursos veiculados em Nação Armada proporciona a compreensão histórica dos significados e práticas que nortearam a afirmação pública dos militares como grupo encarregado e aparelhado para promover a “cura”, o “fortalecimento” e o “engrandecimento” da nação de acordo com os preceitos ideológicos firmados pelo regime estadonovista. Nesse sentido, o trabalho pretende contribuir para as linhas de investigação histórica sobre a saúde pública no Brasil na primeira metade do século XX em suas diversas interfaces e relações com os debates e processos mais amplos da vida política e social do Brasil. |