Análise da transmissão vertical do HIV em Pernambuco de 2000 a 2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Silvana Cavalcanti
Orientador(a): Vasconcelos, Ana Lúcia Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35657
Resumo: A infecção pelo HIV em mulheres traz como consequência o aumento de crianças infectadas por transmissão vertical (TV). As intervenções disponíveis não amamentação, cesariana eletiva e uso de antirretrovirais (ARV) na gestante/parturiente e recém-nascido tem reduzido às taxas de TV para menos de 2 por cento. Este estudo teve por objetivo aprofundar essas observações, utilizando notificações de gestantes com HIV e de crianças expostas, de 2000 a 2012, a fim de documentar e auxiliar a política de prevenção da TV do HIV em Pernambuco. Os resultados deste estudo evidenciaram uma taxa de TV elevada (12,3 por cento). Para que se possa intervir de maneira precoce e eficaz para redução dessa transmissão é indispensável que haja a notificação dos casos e que as informações sejam de boa qualidade. O presente estudo evidenciou que a separação das notificações de gestantes com HIV e seus recém-nascidos, a partir de 2007, ocasionou a não notificação de 62,6 por cento dos casos (1.674 crianças), e que a perda de seguimento das notificadas foi de 48,8 por cento (488 crianças). E, partindo-se da estimativa de que no período analisado (2000 a 2012) deveriam ter sido notificadas 3.637 gestantes/crianças expostas ao HIV, evidencia-se que em Pernambuco, no período citado, a vigilância epidemiológica ocorreu de fato para apenas 14,1 por cento dos casos (512 crianças com diagnostico estabelecido). A falha na vigilância epidemiológica, além de implicar em estimativas equivocadas anula o propósito da vigilância (informação para ação imediata).