Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Karla Raíza Cardoso |
Orientador(a): |
Figueiredo, Regina Célia Bressan Queiroz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15949
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Resumo: |
As leishmanioses constituem um grupo de doenças crônicas causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. Tendo em vista a complexidade e ineficácia dos tratamentos atuais, o desenvolvimento de novas drogas menos tóxicas ainda é uma necessidade. Na prospecção de possíveis agentes quimioterápicos contra as leishmanioses, as lectinas apresentam-se como candidatos promissores por apresentarem um amplo espectro de atividades biológicas. No presente trabalho nós investigamos o potencial leishmanicida e imunomodulador da lectina Onil. Nossos resultados demonstraram que a Onil apresentou baixa toxidade sobre células do exsudato peritoneal (CEP) de camundongos (CC50= 317,5 ± 0,6 µg/mL), foi efetiva ao inibir o crescimento de formas promastigotas de L. braziliensis (IC50=150,58± 0,78 µg/mL), mostrou-se mais seletiva para o parasito do que para célula do hospedeiro (ISe=2,1). No entanto, não foi capaz de inibir a sobrevivência das amastigotas no interior das CEPs. A lectina Onil causou alterações ultraestruturais no flagelo, bem como mostrou um efeito sobre a divisão celular de formas promastigotas. A marcação das células tratadas com Anexina V (AV) e Iodeto de Propídio (IP) mostrou uma pequena subpopulação de células apresentava marcação para AV/IP compatíveis com o processo de morte celular por necrose/apoptose tardia. A marcação das células controles e tratadas com Onil com Rho 123 revelou que na grande maioria das células o potencial de membrana mitocondrial foi preservado. O tratamento com a lectina (75-300 µg/mL) não alterou significativamente a produção de NO e não induziu alterações na produção de citocinas em CEPs infectadas L. braziliensis. Por outro lado, uma intensa produção de citocinas associadas aos perfis Th1, Th2 e Th17 foi observada em CEPs não infectadas tratadas com 30 µg/mL da Onil. Nossos dados apontam para uma possível utilização da Onil como agente adjuvante ou como carreadora de drogas para o tratamento da leishmaniose cutânea (AU) |