Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Paulo Henrique da Costa |
Orientador(a): |
Silva, Gilberto Marcelo Sperandio da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://arca.fiocruz.br/handle/icict/68123
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Resumo: |
A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete a pele (leishmaniose cutânea - LC) e as mucosas (leishmaniose mucosa - LM). Segundo o Ministério da Saúde (MS) estima-se que 3 a 5% dos casos da LC desenvolvam lesão mucosa. Clinicamente a LM produz uma destruição progressiva das cartilagens e ossos na face, faringe e laringe. Até 2016, o tratamento recomendado para LM pelo MS era o antimonial pentavalente (antimoniato de meglumina - AM) na dose 20mg/Sb5+/kg/dia (dose padrão) durante 30 dias. No entanto, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), a dose de 5 mg/Sb5+/kg/dia (dose baixa) até um máximo de 120 doses, de forma contínua ou em séries de 10 dias com intervalo de 10 dias, vem sendo empregada com boa eficácia e segurança em pacientes com LM. Em casos de insucesso terapêutico ou contraindicação ao AM, é utilizada de 3-5 mg/kg/dia de anfotericina B lipossomal, sem limite de dose máxima diária, até atingir a dose total de 30 mg a 40 mg/kg. O presente trabalho teve como objetivo: Implementar a Análise de Eficiência dos três diferentes esquemas de tratamento da LM no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do INI (LaPClinVigiLeish): AM em dose padrão, AM em dose baixa e anfotericina B, com vistas à avaliação da eficácia do Modelo de Pesquisa Clínica Ampliada em Doenças Infecciosas do INI. Metodologia: Realizamos um estudo de coorte retrospectiva, através da análise de dados de prontuários, avaliando o acompanhamento clínico de 56 pacientes com LM, tratados no LaPClinVigiLeish, no período de 2009 a 2019 Foi elaborado um instrumento de coleta física e eletrônica usando a plataforma REDCap, com o intuito de compilar dados sociodemográficos, clínicos, consultas, exames laboratoriais, internações, taxa de incidência dos eventos adversos e custo-efetividade dos três esquemas de tratamento da LM. Usamos o Modelo DEA-BCC-O (Banker, Charnes e Cooper, 1984) para comparar o custoefetividade observado dos três esquemas de tratamento da LM (dose padrão de AM, dose baixa de AM e anfotericina B). Foram obtidas as frequências absolutas e relativas das variáveis categóricas e medidas de tendência central (mediana) e dispersão (intervalo interquartílico) das variáveis contínuas. Resultados: Não houve diferença significativa na análise de eficiência dos três diferentes esquemas de tratamento da LM no LaPClinVigiLeish - AM em dose padrão, AM em dose baixa e anfotericina B; a taxa de incidência dos eventos adversos foi maior no tratamento da dose padrão 10,18%; o maior custo médio foi no esquema de dose padrão de AM e menor na dose baixa de AM. A análise corrobora com o Modelo de Pesquisa Clínica Ampliada em Doenças Infecciosas do INI (PAI) sob o critério da eficiência no uso de recursos orientado para resultados; e obteve-se as medidas dos ajustes pro-eficiência dos tratamentos individuais dos pacientes de 91,07%. |