Estudo dos níveis de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em nodipectennodosus (Coquilles Saint Jacques) de fazendas marinhas da Baía de Ilha Grande, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinto, Jeter Isaac Araújo
Orientador(a): Braga, Ana Maria Cheble Bahia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4986
Resumo: O monitoramento de alimentos sujeitos a contaminação por Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) é importante visto que algumas dessas substâncias são carcinogênicas e ubíquas na natureza, ocasionando possíveis riscos para a Saúde Pública. Os moluscos bivalves Nodipecten nodosus (vieiras), cultivados em fazendas marinhas e destinados para consumo humano, são importantes tanto na segurança alimentar como na vigilância de poluição ambiental, uma vez que apresentam potencial utilidade como organismos sentinelas. O objetivo principal é avaliar a presença de HPAs nesses animais, cultivados em fazendas marinhas no Rio de Janeiro. Foram analisadas 19 amostras compostas de músculo+gônadas e 3 amostras compostas de glândualas digestivas de vieiras provenientes de três fazendas marinhas da Baía de Ilha Grande. A extração das amostras foi realizada com extratores Soxhlet com nhexano/acetona (80:20 v/v) e os extratos foram fortificados com padrões internos. A purificação foi realizada com colunas abertas de sílica/alumina e as substâncias de interesse foram eluídas com n-hexano/diclorometano (80:20v/v). A análise instrumental foi realizada por cromatografia a gás acoplada a um espectrômetro de massas. Os níveis de HPAs totais encontrados nas amostras de músculo+gônadas (M+G) das três fazendas marinhas variou de 21,8 a 30,0 ng/g em peso úmido (p.u.) e de 99,0 a 131 ng/g em peso seco (p.s.). Tais níveis são semelhantes aos de regiões de baixa poluição relatados na literatura. Já nas glândulas digestivas (GD), os níveis de HPAs variaram de 60,5 a 147 ng/g p.u. A semelhança dos perfis entre as amostras de tecidos distintos, mudando apenas os níveis, sugere que o acúmulo de HPAs ocorre preferencialmente nos tecidos mais gordurosos. Os compostos de 5 e 6 anéis, mais importantes toxicologicamente, não ultrapassaram 1 ng/g p.u. ou 4 ng/g p.s. A investigação da origem dos HPAs, através das razões de fenantreno/antraceno e fluorantreno/pireno, nos dois tecidos, apontou para origem mista dessas substâncias, ou seja, pirolítica e petrogênica. Do ponto de vista da segurança alimentar, se apresentaram aptas para consumo. Nenhuma das amostras de músculo+gônadas ultrapassou o nível máximo de benzo(a)pireno recomendado pela União Européia para bivalves de consumo humano (10 ng/g p.s.).