Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Coimbra, Lais Durço |
Orientador(a): |
Rodrigues, Lia Laura Lewis Ximenez de Souza,
Nunes, Andreza Soriano Figueiredo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16748
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Resumo: |
A identificação da fase aguda da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é realizada pela avaliação clinico laboratorial e confirmada pela soroconversão de anti-HCV associada a HCVRNA positivo. Entretanto, os indivíduos infectados são predominantemente assintomáticos e a informação sorológica prévia dos pacientes é normalmente escassa. O diagnóstico da fase aguda da hepatite C com base na detecção de IgM não é utilizado devido a este anticorpo estar presente durante todo o curso da doença. Diversos estudos voltados para análise da força de ligação (avidez) anticorpo-antígeno tem sido descritos como forma de identificação da fase aguda da hepatite C. No entanto, apesar da existência destas pesquisas, testes de avidez como diagnóstico de rotina para a detecção de casos agudos da infecção ainda não estão disponíveis no Brasil. Desta forma, o presente estudo visa padronizar, avaliar e aplicar a técnica em questão a partir da adaptação do kit ELISA comercial Anti-HCV Murex (4.0 version). Para esta finalidade, foram empregadas 570 amostras de 147 pacientes em diferentes fases da infecção pelo HCV, acompanhados pelo Ambulatório de Hepatites Virais \2013 AHV (Laboratório de Hepatites Virais/IOC/Fiocruz). O teste de avidez consistiu na adição de uma etapa de incubação com guanidina 1,5M ao protocolo do kit comercial. A partir da utilização de amostras de pacientes com soroconversão comprovada e data de infecção conhecida foi possível diferenciar as fases da doença em agudo recente (até 4 meses), agudo tardio (5-6 meses), crônica (acima de 6 meses) Empregando-se o valor de corte de \226464% para fase aguda, zona cinza entre 65-77% e \F0B378% para fase crônica, foram obtidos: sensibilidade de 90% e especificidade de 95% até 4 meses após infecção, e sensibilidade de 73% e especificidade de 75% entre 5-6 meses após infecção. Do terceiro ao sexto mês após infecção o índice de avidez elevou de 37% para 65%. O acompanhamento longitudinal de pacientes desde a fase aguda até 30 meses demonstrou elevação do índice de avidez até o oitavo mês de infecção, mantendo-se elevado e com baixa variação subsequente em pacientes que evoluíram para a fase crônica da doença, no entanto, ocorreu a queda do índice de avidez a partir de 10 meses de infecção em indivíduos que evoluíram para resolução espontânea. Não houve diferença significativa do índice de avidez na fase aguda entre pacientes que evoluíram para cronicidade e que evoluíram para resolução espontânea. De junho de 2014 a janeiro de 2016, o teste de avidez identificou 20% dos pacientes com hepatite C aguda dentre os casos suspeitos na rotina de diagnóstico ambulatorial. O primeiro teste de avidez desenvolvido no país apresentou elevadas sensibilidade e especificidade, e demonstrou ser útil para a identificação das fases da infecção pelo HCV |