Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Adriana Miranda Ramos |
Orientador(a): |
Constantino, Patricia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55296
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Resumo: |
Essa dissertação buscou identificar como a literatura acadêmica mundial aborda o direito à saúde das mulheres imigrantes refugiadas sobreviventes de violência sexual na busca por refúgio em outros países, em uma abordagem sobre violência, saúde e os direitos humanos sexuais e reprodutivos. Este trabalho contemplou a relação entre refúgio e gênero, violência sexual e racismo e o direito à saúde. Problematizou-se como a perpetração da violência sexual está fundamentada em um suposto direito ao sexo do homem e discutiu-se como o racismo representa elemento definidor de quais corpos femininos são “estupráveis”, ainda que todos sejam “fodíveis”. A pesquisa bibliográfica escolhida foi a Revisão Integrativa, apontando que a experiência da violência faz parte da trajetória da mulher imigrante refugiada, sendo a violência sexual a forma mais comum nas suas mais variadas manifestações. A busca foi realizada em cinco bases bibliográficas (BVS, SCIELO, SCOPUS, Web of Science e PUBMED), restringindo os idiomas para português, inglês e espanhol, com recorte temporal de 10 anos. A seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação das variáveis foram realizadas por dois revisores independentes e as divergências resolvidas por um terceiro revisor. Um total de 12 estudos foi incluído. Os resultados foram apresentados em oito blocos: descrição geral da amostra, características sociodemográficas das mulheres sobreviventes de violência sexual, abordagem integrada em relação às violências sofridas pelas mulheres refugiadas, abordagens sobre direito e promoção de justiça, problemas de saúde e demais consequências advindas com a violência sexual, políticas de saúde de prevenção da violência e cuidado, saúde e efetivação do direito à saúde por meio de políticas de imigração e resiliência e as vozes das refugiadas sobreviventes de tortura sexual. Concluiuse que há escassez de informações básicas relacionadas a essas mulheres, em especial as que se deslocam dentro da América Latina sem que se tenha sido feita classificação racial/cor ou pertencimento religioso e que há uma lacuna quanto a estudos que discutam o perfil sociodemográfico dessas mulheres. Sob a perspectiva da saúde, os resultados possibilitam afirmar a caracterização de nocivos e profundos impactos da violência sexual nas relações interpessoais e na saúde das mulheres refugiadas, ocasionando repercussões físicas e de intenso sofrimento psíquico, o que demanda estratégias de enfrentamento a violência e políticas públicas que atendam às suas especificidades. |