Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Úrsula Maira Russo |
Orientador(a): |
Gontijo, Célia Maria Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34104
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Resumo: |
Com o avanço da biologia molecular, como ferramenta no diagnóstico de cães infectados por L. infantum, a qPCR vem sendo utilizada para a quantificação da carga parasitária em diferentes tecidos de cães, com ou sem manifestações clínicas, podendo ser empregada no diagnóstico, monitoramento da infecção durante o tratamento e em estudos clínicos de validação de vacinas. Com o objetivo de aprimorar o diagnóstico molecular e o consequente monitoramento da infecção, o presente estudo avaliou a carga parasitária em vários tecidos de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum apresentando diferentes status clínicos. Para isso, foi realizada a qPCR em amostras de pele, swab conjutival e punções de linfonodo poplíteo e medula óssea de 65 cães naturalmente infectados por L. infantum e provenientes do Centro de Controle de Zoonose de Betim/MG. Os cães foram divididos em três grupos de acordo com o escore clínico: grupo 1 (n=12) composto por animais com zero pontos e sem manifestações clínicas da doença, grupo 2 (n=35) composto por animais com escore variando de 1 a 5 pontos e com manifestações clínicas moderadas e grupo 3 (n=18) de cães com escore variando de 6 a 11 pontos e manifestações clínicas intensas. Outra análise foi realizada classificando os animais em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de sinais clínicos da doença. As qPCRs realizadas nas amostras dos 65 cães indicaram que a pele foi o tecido com maior carga parasitária, seguido das amostras de punções de linfonodo poplíteo e medula óssea, sendo as amostras de swab conjutival as que apresentaram as menores cargas. Além disso, a pele também foi o tecido com maior carga parasitária ao se avaliar os grupos individualmente. Os animais do grupo 3, com manifestações clínicas intensas, apresentaram maior carga parasitária nos diferentes tecidos quando comparados aos animais dos grupos 2 e 3. Por fim, os animais com manifestações clínicas da doença, apresentaram maior carga parasitária quando comparados aos cães sem manifestações. O fato de a pele ser o principal local de acesso do vetor ao parasito e neste estudo foi o tecido que apresentou a maior quantidade de parasitos/μL em todas as análises, reforça a importância do cão como reservatório de L. infantum na natureza. Além disso, foi observada uma correlação forte e positiva entre a intensidade das manifestações clínicas com o aumento da carga de parasitos na pele. Em conclusão, a pele é o tecido de eleição para o diagnóstico molecular da infecção por L. infantum nas diferentes situações clínicas dos animais. |