Diagnóstico por PCR e estudo da variabilidade genética de Leishmania (Leishmania) chagasi em diferentes sítios anatômicos de cães naturalmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pires, Marize Quinhones lattes
Orientador(a): Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro lattes
Banca de defesa: Madeira, Maria de Fátima, Bonfim, Teresa Cristina Bergamo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11736
Resumo: Na leishmaniose visceral (LV), uma doença de potencial zoonótico e de ampla distribuição, o cão possui um papel bem sedimentado, sendo considerado um importante reservatório doméstico de Leishmania (Leishmania) chagasi nas Américas. Nestes animais, a distribuição do parasita pode ser extensa, alcançando órgãos como baço, fígado, lifonodos, pele e medula óssea. É o parasitismo de pele íntegra que faz do cão um elo importante na cadeia epidemiológica da doença. Embora a pele seja um sítio de investigação diagnóstica, não se conhece a variabilidade clonal da distribuição de subpopulações de L.(L.) chagasi neste e nos demais órgãos nos cães infectados. O principal objetivo do presente trabalho foi utilizar o ensaio da PCR para o diagnóstico específico da infecção e, investigar através de técnicas moleculares (LSSP-PCR e RFLP-PCR) a variabilidade genética intraespecífica de L.(L.) chagasi presente em fragmentos de pele íntegra, lesão cutânea, baço, fígado e linfonodos de cães naturalmente infectados do Município do Rio de Janeiro. De um total de 17 cães, 106 fragmentos teciduais foram analisados. Destes, 66 (62,26%) foram PCR positivos com os iniciadores D1/D2 específicos para as espécies do complexo L. donovani.. O maior percentual de detecção foi observado em fragmentos de linfonodos cervical (17/17, 100%) e poplíteo (17/17, 100%), seguido do baço com o percentual de 76,47% (13/17) e, em pele íntegra com 12 biopsias positivas em 17 (70,59%). A técnica de RFLP-PCR, associada aos ensaios de PCR, foi escolhida para confirmar a presença de DNA de L. (V.) braziliensis em lesões cutâneas e de L. (L.) chagasi em fragmentos de órgãos internos de dois cães, confirmando dois casos caninos de coinfecção no Município do Rio de Janeiro. Através da técnica de LSSP-PCR foi possível evidenciar que a infecção canina por L. (L.) chagasi pode manisfestar-se com disseminação parasitária e tropismo tissular por populações do parasita geneticamente diferenciadas. Não foi possível, no entanto, observar associação entre determinado perfil genético e o estado clínico do animal. O presente estudo contribuiu para um melhor entendimento da dinâmica da infecção na LV canina no que diz respeito ao tropismo diferenciado e ao envolvimento de subpopulações parasitárias de L. (L.) chagasi. Além disso, o estudo permitiu rastrear a variabilidade genética de algumas cepas circulantes na população canina das áreas investigadas.