Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mega, Tacila Pires |
Orientador(a): |
Silva, Rondineli Mendes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39715
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Resumo: |
O sistema de saúde público brasileiro (SUS) é conhecido mundialmente pela sua legislação que garante assistência universal aos cidadãos, o que inclui o fornecimento de medicamentos. Estes têm contribuição importante nos gastos em saúde, especialmente no cuidado de doenças crônicas. Os medicamentos biológicos consomem cerca de 40% do orçamento público federal para a compra de medicamentos na assistência farmacêutica no SUS, sendo a artrite reumatoide a responsável pelo maior consumo desses recursos. O objetivo desse estudo foi apresentar dados sobre fornecimento, gasto e perfil dos usuários de medicamentos biológicos para artrite reumatoide no SUS pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Tratou-se de uma coorte retrospectiva de dados secundários em série histórica, referentes às compras e consumo dos medicamentos biológicos infliximabe, etanercepte, adalimumabe, rituximabe, abatacepte, tocilizumabe, golimumabe e certolizumabe pegol para o tratamento da artrite reumatoide, no período de 2012 a 2017 no SUS, totalizando 10 apresentações. No período avaliado foram fornecidos cerca de 2 milhões de unidades farmacêuticas de medicamentos biológicos para artrite reumatoide, levando a um gasto médio pelo gestor federal de R$ 273 milhões por ano e, no total, R$ 1,6 bilhão de reais. O fornecimento de adalimumabe 40 mg e etanercepte 50 mg responderam por 68,3% do gasto realizado. Observou-se uma redução média de 28% no preço unitário de compra dos medicamentos ao longo do período. Usuárias do sexo feminino consumiram 79% do volume de unidades e 89,2% destinou-se a faixa etária de 40 a 69 anos. Os códigos M05.8 (Outras artrites reumatoides soropositivas) e M06.0 (Artrite reumatoide soro-negativa) da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) foram os mais prevalentes entre a população artrítica atendida. A região sudeste destacou-se por concentrar o maior volume de gastos e de consumo de medicamentos. A avaliação do percentual de uso (difusão) destes medicamentos na AR mostrou uma redução ainda tímida no percentual de utilização dos medicamentos biológicos mais antigos, frente àqueles incorporados a partir de 2012. Foi também possível observar um crescimento no percentual de pacientes em uso de biológicos frente a todos aqueles em tratamento para AR no CEAF-SUS ao longo da série histórica. Os resultados obtidos permitem traçar um perfil mais recente do gasto no tratamento com biológicos na artrite reumatoide e apontar as tendências de utilização destes insumos e de sua população usuária. |