Análise de custo-benefício do serviço de telediagnóstico em cardiologia no Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva Junior, Jetro Willams
Orientador(a): Silva, Everton Nunes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49759
Resumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. A despeito disso, grande parcela da população não tem acesso ao principal método de diagnóstico destas (o eletrocardiograma), sobremaneira das agudas, como arritmias e o infarto agudo do miocárdio. A Telessaúde é um modelo de atenção que se utiliza das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para atender ao paciente. Objetivou-se avaliar se a eletrocardiografia realizada à distância tem uma relação favorável de custo benefício quando comparada ao modelo tradicional de realização do exame. Para isso foram selecionados cinco municípios do estado do Acre que utilizaram o serviço de telediagnóstico em cardiologia, durante o ano de 2018, e compararam-se os resultados que estes teriam se recorressem ao serviço tradicional prestado pelo Sistema Único de Saúde. O custo médio do laudo de ECG pelo serviço tradicional nos cinco municípios foi cerca de 3 vezes maior do que o custo pelo telediagnóstico, sendo igual a R$ 54,53 enquanto que pelo telediagnóstico foi igual a R$ 17,04 decomposto em R$ 4,22 referente à implantação; R$ 7,80 à manutenção e; R$ 5,02 à contrapartida pelo município. No estudo foi considerada a perspectiva da sociedade. Para a análise de sensibilidade foram utilizados os parâmetros de calibragem do SUS que confirmaram os resultados. A implantação do serviço de telediagnóstico em cardiologia é benéfico à população e economicamente viável, tendo uma relação favorável em municípios remotos e difícil acesso. Propôs-se ainda uma reconfiguração de um dos instrumentos normativos do Programa com foco na máxima eficácia da gestão para uma possível adoção da Telessaúde como orientadora do fluxo de trânsito nos três níveis de atenção do SUS. Neste estudo, os critérios apontados pela Portaria nº 35/2007, sofreram uma recalibragem apontando para a priorização na utilização das atividades de Telessaúde em 3.149 municípios brasileiros, sendo que destes, 1.592 nunca utilizaram qualquer atividade do programa.