Avaliação da função endotelial em indivíduos infectados pelo HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Andrade, Ana Cristina Oliveira
Orientador(a): Ladeia, Ana Marice Teixeira, Badaró, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35485
Resumo: A introdução dos antiretrovirais (ARV) tem possibilitando aumento na sobrevida e qualidade de vida de pacientes infectados pelo HIV. Seus para-efeitos estão associados a mudanças somáticas e metabólicas, relacionadas à maior risco de doenças arteriais coronarianas e periféricas. O estudo da função endotelial se presta como marcador pré-clínico de doença cardiovascular. Avaliação da função endotelial de indivíduos portadores do HIV. Estudo transversal com grupo de comparação em que foram avaliados 69 pacientes: 44 HIV, idade 37,9 ± 8,3 (2 1-56) anos ,e 25 controles normais, idade 41,7 ± 12,3 (20 -56) anos. Dentre os pacientes HP 11 não faziam uso de ARV. Realizou-se estudo de ultrasom vascular através da análise da vasodilatação observaram-se por fluxo (VMF), expressa por mudança no diâmetro vascular pós-estímulo. Obseraram-se mudanças percentuais das medidas de dilatação em relação à fase basal. Nos pacientes portadores do HP!, utilizou-se dinitrato de isossorbida para avaliação da resposta vascular da musculatura lisa (avaliação endotélio independente). Medidas de diâmetros foram comparadas nas diversas fases através do teste t Student, e nas variáveis que não apresentaram uma distribuição normal utilizou-se o teste Mann-Whitney, com valor de pSO,005. Em análise de regressão logística, foi utilizada a VMF como variável dependente. Os pacientes portadores do 111V tiveram menor reposta de VMF que o grupo controle (10,9 ±7,5 e 23,3 ± 6,1% respectivamente, p=0. Os 33 pacientes que utilizavam a terapia ARV apresentaram menor VMF ( ± 6,9) em relação ao grupo HIV virgem de terapia (19,26 ± 4,8%) p=O,OO. Não se observou diferença de VMF, fase endotélio independente, com relação ao uso ou não de terapia ARY, (13,4 ± 6,6 e 13,0 ± 6,9%, respectivamente) p=O,89. O grupo HIV sem uso de ARV e grupo controle apresentaram valor de VMF (19,26 ± 4,8 e 23,3 ±4,8%, respectivamente) próximo ao nível de significância (p=O,O6). O uso de Inibidores de Protease no esquema terapêutico ARY não apresentou diferença de resposta VMF nos grupos estudados. A avaliação laboratorial incluiu CD4, Carga Viral, perfil lipídico, glicemia, ácido úrico, transaminase glutâmica pirúvica e oxalacética. A terapia ARV foi o fator preditor de interferência na análise associado à VMF. Os demais fatores que foram associados à VMF na análise univariada não tiveram influência quando testados na análise multivariada. A presença de disfunção endotelial em pacientes portadores do HIV em uso de ARV sugere tratar-se de população especial, que deve ser orientada quanto aos fatores de risco de doença cardiovascular.