Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pessina, Daniel Huber |
Orientador(a): |
Cardillo, Fabíola |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7224
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Resumo: |
Os animais NOD representam o principal modelo experimental de estudo do diabetes autoimune. Apesar do progressivo número de estudos realizados, muitos aspectos imunes da promoção e regulação desta doença continuam obscuros. Utilizando o modelo (pela primeira vez aqui descrito) de proteção induzida pelo T. cruzi, bem como o modelo de aceleração pela ciclofosfamida, fizemos um estudo imuno-fenotípico em animais NOD com o objetivo de elucidar mecanismos imunes responsáveis pela regulação do diabetes tipo I. Demonstramos que a infecção de camundongos NOD com o T. cruzi os protege do desenvolvimento do diabetes. Estes animais desenvolvem uma resposta ao parasita caracterizada por uma pobre expansão de células T CD8 efetoras, bem como uma menor migração destas para os sítios parasitários. Estudo do perfil de citocinas mostraram ainda uma reduzida produção inicial de IFN no baço, mas elevada produção tardia nos tecidos inflamados, comparado a animais BALB/c. Estes dados, associados a uma maior produção inicial de IL-10 por esplenócitos, justificam a maior susceptibilidade à infecção observada nos animais NOD. O estudo de populações celulares com atividade regulatória mostrou que há aumento de Treg no início da infecção. Contudo a proteção ao diabetes desencadeada pelo T. cruzi não se correlaciona ao número de células Treg, pois há uma redução destas ao longo da infecção. Este fato, associado à observação de que a ciclofosfamida é incapaz de induzir diabetes nos animais infectados, apontaram para um papel limitado destas células na proteção ao diabetes pelo T. cruzi. Entretanto, houve aumento de células Gr1+, e a depleção destas reverte a proteção ao diabetes causada pela infecção, além de induzir a expansão de células T CD8+ efetoras e sua produção de IFN. Verificamos ainda, que níveis aumentados da expressão de PD-L1 relacionaram-se com a proteção ao diabetes proporcionado pelo T. cruzi, enquanto níveis reduzidos se relacionaram ao seu desenvolvimento espontâneo. Contudo, o tratamento com ciclofosfamida não reduz a expressão de PD-L1 em linfócitos, mas induz rapidamente o diabetes em animais NOD não infectados e leva a uma drástica diminuição de células Tregs CD25+ esplênicas. Os resultados, aqui tomados em conjunto, apontam para um complexo mecanismo de controle do diabetes, que envolve diferentes populações celulares que atuam de maneira variada com o modelo estudado. |