Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
França, Rosana de Figueiredo |
Orientador(a): |
Fonseca, Maria de Jesus Mendes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5094
|
Resumo: |
Ao longo da vida adulta, o peso dos indivíduos pode se alterar de formas variadas. A história de peso que se estabelece nos indivíduos apresenta-se mais frequentemente como aumento gradual de peso e como variação cíclica de peso, também chamada de “ioiô”. Muitos são os estudos que se propõem a investigar a posição socioeconômica (PSE) em desfechos relacionados ao peso atual, porém é pouco conhecido o papel da PSE pregressa sobre a trajetória do peso, que pode influenciar diferentemente desfechos desfavoráveis à saúde. Neste trabalho investigamos a associação entre história de peso e PSE pregressa e atual de funcionários de uma universidade no Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, foram analisados dados seccionais de 1382 homens e 1586 mulheres participantes da fase 1 (1999) do Estudo Pró-Saúde, representando 73,6% dos 4030 funcionários elegíveis. Para aferir a história de peso foram utilizados gráficos assinalados pelos respondentes em questionários auto-preenchíveis. A PSE atual foi aferida pela escolaridade dos participantes e PSE pregressa pela escolaridade de seu pai e de sua mãe. O modelo de regressão logística multinomial foi utilizado para testar as associações, sendo as análises específicas por sexo, com ajuste múltiplo para idade, cor/raça e paridade (mulheres). Foram estimados odds ratios (IC= 95%) para aumento gradual e para variações cíclicas do peso, em comparação a peso mantido constante. Diante dos resultados ficou demonstrado que existem diferenças entre homens e mulheres nas associações entre PSE pregressa e atual e história de peso. Para as mulheres, a escolaridade demonstrou associação inversa, com chances 66% maiores de desenvolver peso cíclico (OR=1,66; IC=1,00-2,75), após o ajuste pela paridade, principalmente para as de menor escolaridade. Para os homens, a PSE atual não mostrou associação significativa com o peso cíclico, mesmo quando ajustada para idade, raça e IMC aos 20 anos. As variáveis indicadoras de PSE pregressa associaram-se ao peso cíclico, sendo a escolaridade do pai um fator de proteção para esta trajetória (OR=0,54; IC=0,33-0,87) e a da mãe associada ao aumento da chance (OR=1,72; IC=1,04-2,85). Nesta população o peso cíclico relatado mostrou-se associado à PSE, com diferenças entre os gêneros na associação com os indicadores pregressos e atuais. |