Prevalência de obesidade e associação com nível de atividade física em funcionários de uma universidade pública do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Miguel Ataide Pinto da
Orientador(a): Vasconcelos, Ana Glória Godoi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24390
Resumo: A obesidade e o sedentarismo representam problemas importantes para a saúde pública, tanto pelo aumento acelerado em suas prevalências como pela associação com efeitos adversos à saúde cardiovascular e metabólica, em idades cada vez mais precoces. O objetivo foi estimar a prevalência de obesidade, obesidade abdominal e excesso de peso, e investigar associações destes desfechos com a prática de atividade física (AF) mensurada segundo IPAQ, em amostra representativa de 299 funcionários de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro em 2010. No primeiro capítulo é apresentada uma contextualização do tema abordado finalizando com a descrição dos objetivos e sua justificativa. O segundo capítulo trata de aspectos da metodologia do estudo que não foram apresentados de forma detalhada no artigo. Os resultados e discussão são apresentados em forma de artigo no terceiro capítulo. Os resultados mostraram que foi encontrada associação independente entre os níveis de AF e os três desfechos estudados. Nas análises com modelos de Poisson com variância robusta, o nível baixo de prática de AF (referência nível alto de prática de AF) manteve-se associado de forma marginal à ocorrência de obesidade (RP = 1,11; IC95%: 1,01 – 1,23) e de excesso de peso (RP = 1,13; IC95%: 1,03 – 1,24) controlado por diferentes variáveis sociodemográficas e de comportamentos e hábitos relativos à saúde. No desfecho obesidade abdominal tanto o nível alto quanto o médio de AF apresentaram associação independe (ajustada por auto-avaliação de saúde, Idade, níveis de colesterol ou triglicerídeos elevados e renda) com esse desfecho (RP de 1,13; IC95% 1,03-1,24, para o nível médio de AF, e de 1,14; IC95% 1,03-1,26, no nível baixo, comparados com alto nível de AF). Foram encontradas prevalências elevadas dos três desfechos tanto geral, como por sexo. A prevalência geral de obesidade foi de 27,4% (22,8% para homens e 36,3% para mulheres), a prevalência de excesso de peso foi de 63,5% (65% para homens e 65,8% para mulheres) e a prevalência de obesidade abdominal foi de 45,2% (35,5% para homens e 63,7% para mulheres). Quanto à prática de AF, 36,1% dos funcionários tiveram baixo nível de AF, 37,5% nível médio de AF e 26,4% alto nível. As mulheres tiveram uma prevalência maior de baixo nível de AF (42,2%) em comparação com os homens (33,0%). Os homens tiveram prevalências iguais no nível médio e alto de AF, 33,5% e as mulheres tiveram prevalência no nível médio de AF de 45,1% e no nível alto de 12,7%. Os resultados deste estudo reforçam a importância da prática de atividade física de forma regular como um importante fator de redução da obesidade em consonância com o que vem sendo preconizado pela OMS.