Mortalidade por tuberculose em municípios prioritários do estado de Mato Grosso do Sul, 1999-2008

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Larroque, Mônica Mussolini
Orientador(a): Fernandes, Sônia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1875
Resumo: A despeito de todos os investimentos das autoridades de saúde e dos avanços no conhecimento científico, a tuberculose continua sendo considerada um grave problema de saúde pública. Com o objetivo de estudar a mortalidade por tuberculose como causa básica ou associada de óbito, nos municípios prioritários de Mato Grosso do Sul, no período de 1999-2008, foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) e do Sistema de informação de agravos de notificação (Sinan). As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, forma clínica e local de ocorrência do óbito Os óbitos registrados no SIM foram comparados com as notificações realizadas no Sinan. Os coeficientes de mortalidade por tuberculose oscilaram durante o período de estudo nos municípios prioritários. Amambai registrou o maior coeficiente de todos os municípios, uma taxa de 29 por 100.000 habitantes. O sexo masculino representou 72% de todos os óbitos e independente do sexo a faixa etária de 40 a 59 anos concentrou o maior índice de mortalidade por tuberculose, o que corresponde 34,8% dos óbitos estudados. Segundo a raça/cor 46,1% eram pardos, 22% brancos, 16,2% indígenas, 6,3% pretos, 1,4% amarelos e 8% a raça foi ignorada. Dos óbitos por tuberculose registrados no período, 65% possuíam até 8 anos de escolaridade. A forma clínica pulmonar esteve presente em 89% dos casos e 83% falecerem em hospitais. Apenas 53% dos óbitos registrados no SIM possuíam notificação no Sinan e desses 67% realizaram baciloscopia e 40% receberam tratamento supervisioanado. Apenas 37% dos casos notificados realizaram exame sorológico para a infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e 10,1% foram positivos. Os principais agravos notificados foram: abuso de álcool, diabetes e doença mental. Dos casos registrados no SIM em que a tuberculose aparece como causa associada de óbito, as principais causas básicas foram a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) e a neoplasia maligna dos brônquios. A análise conjunta das causas múltiplas de óbito por tuberculose demonstra a necessidade de discussões mais abrangentes a respeito da tendência da doença para o óbito, aponta falhas no processo de notificação e revela a importância de reavaliação dos procedimentos adotados como medidas de controle nos municípios prioritários de Mato Grosso do Sul.