Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Sírio Gabriel Gomes de Melo |
Orientador(a): |
Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34997
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Resumo: |
Leishmania braziliensis é o principal agente etiológico da leishmaniose cutânea no Brasil. Fatores e mecanismos envolvidos com resistência ou susceptibilidade à infecção por esta espécie de Leishmania foram pouco estudados. Neste trabalho, avaliou-se a participação de p40 no curso da infecção de camundongos C57BL/6, utilizando-se camundongos knocked out para esta molécula, C57BL/6p40-/-, deficientes, portanto, na produção de 1L-12 e 1L-23. Partiu-se da hipótese de que a ausência de p40 toma camundongos C57BL/6 susceptíveis à infecção. Procedeu-se a injeção de L. braziliensis (105 parasitos) nas orelhas de camundongos C57BL/6 e C57BL/6p40-/-, e o acompanhamento do curso da infecção a partir de 6 horas até 10 semanas pós-infecção. Monitorou-se o desenvolvimento das lesões, a carga parasitária e a ocorrência de disseminação de parasitos para baço e fígado. Caracterizou-se a resposta inflamatória por meio da análise histopatológica em cortes de orelhas, linfonodos, baços e fígados, corados com H&E. Após dez semanas de infecção, camundongos C57BL/6 controlaram a carga parasitária nas lesões, mas os parasitos persistiram nos linfonodos, sem disseminação para baço ou fígado. Por outro lado, camundongos C57BL/6p40-/- foram incapazes de conter a infecção, e desenvolveram lesões progressivas e doença visceral. Nas fases iniciais da infecção, a reposta inflamatória na pele foi distinta nos dois grupos, sendo menos intensa com menor recrutamento de neutrófilos nos camundongos C57BLl6p40-1-. Com uma semana de infecção, camundongos C57BLl6 apresentaram um infiltrado inflamatório misto, composto por macrófagos, linfócitos e neutrófilos, enquanto que nos camundongos C57BLl6p40-1- o infiltrado foi predominantemente macrofágico. Cinco semanas após a infecção, ambos os grupos apresentaram um infiltrado inflamatório difuso do tipo misto, com parasitismo mais intenso nos camundongos C57BL/6p40-/-. Dez semanas após infecção, não foram detectados parasitos nas lesões, mas o infiltrado inflamatório persistiu. Nos camundongos C57BLl/p40-/-, a inflamação foi intensa com infiltrado do tipo misto com macrófagos intensamente parasitados. No linfonodo de drenagem, camundongos C57BL/6 desenvolveram resposta inflamatória granulomatosa associada à persistência dos parasitos. Nos camundongos C57BL/6p40-/- a carga parasitária aumentou progressivamente, acompanhada pela alteração da arquitetura do linfonodo e ausência de granulomas. Nestes animais, cinco semanas após infecção foi observado no baço e no fígado infiltrado inflamatório com macrófagos parasitados. Estes resultados confirmam a participação de p40 no controle da infecção por L. braziliensis e sugerem que sua ausência determina alterações na dinâmica e composição da resposta inflamatória, determinantes no curso da infecção em camundongos C57BL/6. |