A participação dos movimentos sociais do campo na construção das políticas públicas de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rotolo, Luana Maria
Orientador(a): Gurgel, Idê Gomes Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23684
Resumo: A participação dos movimentos sociais é fundamental para a construção de políticas públicas verdadeiramente voltadas a melhoria das condições de vida da população. Os povos do campo, floresta e águas foram invisibilizados historicamente pelo Estado, tendo seu direito de acesso negado a maioria das políticas públicas, incluindo as da saúde. A importância e combatividade dos movimentos sociais do campo no Brasil e sua recente aproximação com a área da saúde justifica a necessidade de compreender suas estratégias de participação nessa área. A pesquisa, fundamentada nos pressupostos do materialismo histórico e orientada pelo método dialético, teve como objetivo analisar a participação dos movimentos sociais do campo do estado de Pernambuco na construção das políticas públicas de saúde. Para isso foi realizada análise documental de jornais, revistas, notícias e cartilhas produzidas por 3 movimentos protagonistas dessa discussão no estado – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (FETAPE) – além de entrevistas com as lideranças desses movimentos. A análise dos dados revelou que os movimentos tem se aproximado da pauta da saúde por diferentes vias possuindo concepções de saúde e estratégias de participação na área divergentes. Essas diferenças tem fragilizado a sua articulação local, diminuindo sua capacidade de pressão frente ao Estado. A fragilidade de articulação somada as dificuldades no trabalho de base e a centralização das discussões da Saúde do Campo nas instâncias nacionais, tem dificultado que os movimentos construam políticas de saúde no estado. Porém, apesar dessas dificuldades, concluímos que os movimentos do campo apresentam importantes ações e discussões na área da saúde, sendo essencial que se aprofunde os conhecimentos na área da Saúde do Campo fortalecendo a aproximação dos movimentos com a Saúde Coletiva.