Impacto dos envenenamentos ofídicos em gestantes no estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nascimento, Thaís Pinto
Orientador(a): Aquino, Priscila Ferreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60486
Resumo: As gestantes, quando acometidas por acidentes ofídicos (SBEs), podem sofrer efeitos adversos maternos ou neonatais, como aborto, descolamento de placenta, antecipação do trabalho de parto, malformações fetais e óbitos maternos, fetais ou neonatais. Na Amazônia Brasileira, apesar da alta incidência, não há evidências sobre o impacto dos SBEs nos desfechos da gravidez. Neste estudo, descrevemos informações clínicas e desfechos associados a acidentes ofídicos em gestantes no estado do Amazonas, Amazônia Ocidental Brasileira, de 2007 a 2021. As informações sobre a população foram obtidas no Sistema de Informação de Notificação (SINAN), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Foram notificados 36.786 de SBEs, dos quais 3.297 (9%) ocorreram em mulheres em idade fértil e 274 (8,3%) em gestantes. Em gestantes, o risco de necrose extensa é 7,4 vezes maior (IC 95% 1,17-47,08). As taxas de gravidade (7,9% em gestantes versus 8,7% em não gestantes) e letalidade (0,4% em gestantes versus 0,3% em não gestantes) foram semelhantes entre os grupos (P= 0,76). As gestantes que sofreram acidentes ofídicos apresentaram maior risco de óbito fetal (OR: 2,17, IC 95%: 1,74-2,67) e óbito neonatal (OR=2,79, IC 95%: 2,26-3,40). Na Amazônia brasileira, as SBEs aumentaram o risco de óbitos fetais e neonatais.