Cooperação Sul-Sul em Saúde: a experiência do programa ePORTUGUÊSe da OMS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ungerer, Regina Lúcia Sarmento
Orientador(a): Narvai, Paulo Capel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45662
Resumo: Destaca-se a concepção da Rede ePORTUGUÊSe da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2005, como uma plataforma criada para apoiar a colaboração e a troca de informações em saúde entre os oito países de língua portuguesa no mundo, à época. Enfatiza-se a enorme potencialidade desta rede para fortalecer os sistemas nacionais de saúde, capacitar os recursos humanos e, acima de tudo, contribuir para que os países pudessem atingir seus Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). Objetivo: avaliar o processo de implementação da Rede ePORTUGUÊSe, no contexto da cooperação Sul-Sul em saúde, com foco nos países de língua portuguesa no período de 2005 a 2015. Método: foi um estudo de abordagem qualitativa, através da análise da documentação técnica, científica e administrativa disponível sobre a Rede ePORTUGUÊSe nos repositórios públicos nas diversas instituições envolvidas, em níveis nacionais de cada país e internacional. Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a cooperação Sul-Sul em saúde nos países de língua portuguesa, além de entrevistas semiestruturadas com atores relevantes em cada país. Resultados: a Rede ePORTUGUÊSe ofereceu oportunidades de cooperação entre instituições e profissionais de saúde que se encontravam em diversos países. O programa ajudou a melhorar o acesso e o compartilhamento da informação técnica e científica e foi um exemplo concreto de cooperação Sul-Sul em saúde nos países de língua portuguesa. O reduzido comprometimento dos responsáveis pelas políticas de desenvolvimento de recursos humanos para a saúde, assim como das instituições de formação ou das associações de profissionais dificultaram o crescimento do programa. A escassez de recursos financeiros para a realização de atividades descentralizadas nos países também afetou negativamente o programa. Considerações Finais: este programa foi um exemplo de trabalho em rede baseado no idioma, com foco na saúde. Apesar de ter sido um programa complexo com diversos componentes desenvolvidos e aproveitados em graus diferentes por cada país, o programa foi relevante para diminuir o isolamento profissional e aumentar o acesso e o compartilhamento da informação em saúde em português. Sua baixa disseminação por profissionais de saúde, dificultou o desenvolvimento de estratégias e apropriação da rede ePORTUGUÊSe pelos países.