Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Esteves, Maria Angela Pires |
Orientador(a): |
Magalhães, Mônica de Avelar Figueiredo Mafra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40130
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde no Município do Rio de Janeiro. O abandono do tratamento da TB é um dos grandes desafios para o controle da doença. Esta dissertação teve por objetivo analisar a relação do abandono do tratamento de TB pulmonar (TBP) e as condições de vida, a partir de uma abordagem espacial, na Área de Planejamento de Saúde (AP) 3.1 do Município do Rio de Janeiro, no período de 2010 a 2016. Para tal, foi realizado um estudo descritivo ecológico, com georreferenciamento dos casos de TB, por setor censitário, utilizando-se a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ). Foram analisadas variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos 7399 casos totais de TBP, dos quais 1495 casos tiveram como desfecho o abandono. Para levantamento das condições de vida da população da AP 3.1 foi utilizado dados socioeconômicos e o Índice de Desenvolvimento Social (IDS), baseados em variáveis do Censo de 2010, por setores censitários. Para a dimensão referente a oferta de serviços de saúde (oferta de teste HIV e existência de TDO) utilizou-se os dados do SINAN, relativo as unidades de saúde de atenção primária, por bairros. As variáveis relacionadas ao abandono foram sexo masculino, na faixa etária de 20 a 39 anos, com baixa escolaridade e com predomínio na raça negra. Em relação à realização do teste HIV, menos de 70% dos casos tiveram o exame realizado, quando o preconizado é de 100%. O percentual de pacientes que abandonaram fazendo uso de TDO (55,5%) ou não (39,0%), mostrou que a supervisão não agiu para reduzir o abandono. Na análise espacial por bairros, Manguinhos e Maré são os que apresentaram altos percentuais de abandono do tratamento de TBP. Na análise por setores censitários, o Mapa de Calor (Kernel) permitiu visualizar áreas de alta intensidade da proporção de abandono, dentro dos bairros de Tauá, Pitangueiras, Cacuia, Maré, Manguinhos, Penha e Cordovil relacionadas a setores censitários do tipo aglomerado subnormal, com baixo IDS (< 0,531), com alta densidade de pobres, com uma média de mais de três moradores por domicílios e com analfabetismo de moradores de 10 a 14 anos. Mediante os resultados deste estudo, há a possibilidade de se redefinir as ações de saúde locais, de forma equânime e incorporar as ações de georreferenciamento como mais um instrumento de vigilância e controle epidemiológico. |