A ação da microbiota nativa de Lutzomyia longipalpis no desenvolvimento de Leishmania spp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Campolina, Thais Bonifácio
Orientador(a): Secundino, Nágila Francinete Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19531
Resumo: As leishmanioses são doenças causa das por protozoários do gênero Leishmania e transmitidas pela picada dos flebotomíneos. O es tudo da microbiota intestinal de Lutzomyia longipalpis é importante para determinar uma possível influê ncia na competência vetorial desse inseto. In vitro, a ação da microbiota sobre o parasito foi av aliada demonstrando a lise na parede celular de L. infantum chagasi e L. braziliensis, causada por Serratia marcescens . Em estudos realizados in vivo, autores observaram uma redução no nú mero de flebotomíneos infectados com Leishmania mexicana pré-alimentados com Pseudozyma sp., Asaia sp. e Ochrobactrum intermedium. Estes estudos sugerem que a microbiota do vetor pode modular a sua infecção por Leishmania , porém o seu papel ainda não esta cl aro. O trabalho aqui apresentado teve como objetivo caracterizar e av aliar o papel da comunidade bacteriana intestinal do Lu. longipalpis no desenvolvimento e diferentes espécies de Leishmania spp . Métodos morfológicos e moleculares foram utilizados para identificar e mapear a microbiota intestinal. O DNA das bactérias isoladas foram extraídos, a região 16S amplificada, utilizando-se um iniciador específico para esta região do DNA bacteriano. Em seguida, foram purificados, sequenciados e analisados em bancos de dados. Foram obtidas 60 UFCs (Unidades Formadoras de Colônias) e classificadas taxonomicamente em 10 gêneros bacterianos. A atividade lítica ou efeito in vitro dessas bactérias nativas isoladas de Lu. longipalpis (Gruta da Lapinha) foi analisada por co-cultu ra utilizando promastigotas de Leishmania (L.) infantum chagasi, Leishmania (L.) amazonensis, Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (L.) major na concentração de 4 x 10 6 parasitas / mL e incubadas com di ferentes gêneros de bactérias na concentração de 1 x 10 8 UFC / mL. Quando os parasitas foram co-cultivados com o gênero bacteriano Lysinibacillus todos os parasitas de L. infantum chagasi e L. amazonensis morreram em até 24h. L. braziliensis e L. major em até 48h de co-c ultivo. Entre 96 a 144 horas, não observou-se a lise de todos os parasitas de L. infantum chagasi e L. amazonensis co-cultivados com Pseudomonas e Enterobacter . As bactérias Pseudomonas, Enterobacter e Erwinia quando co-cultivadas com L. braziliensis e de L. major co-cultivados com Pseudomonas , Enterobacter e Enterococcus. Os gêneros Lysinibacillus e Serratia apresentaram efeitos lítico sobr e todas as quatros espécies de Leishmania testadas, abrindo a perspectiva de serem utilizadas em experimentos in vivo .