Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Isabela dos Santos |
Orientador(a): |
Koifman, Rosalina Jorge,
Rodrigues, Lúcia Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37450
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Resumo: |
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) representam mundialmente a principal causa óbito, correspondendo, no Brasil, à 31,5% de todos os óbitos ocorridos em 2014 para maiores de 30 anos. Esse grupo de doença apresenta fatores de risco com surgimento cada vez mais precoce, tendo o excesso de peso como pilar para as alterações. Estudos apontam uma maior suscetibilidade para presença de excesso de peso e alterações metabólicas em crianças e adolescentes com história familiar para esses mesmos agravos. Assim, o conhecimento da história familiar (HF) de doenças e fatores de risco cardiovasculares é relevante, capaz de determinar uma maior ou menor susceptibilidade às doenças. Objetivo: Avaliar a influência da história familiar de doenças e fatores de riscos cardiovasculares selecionados no perfil de risco cardiovascular de crianças e adolescentes atendidos em um ambulatório de nutrição pediátrica do Rio de Janeiro. Metodologia: Estudo descritivo seccional, em uma população ambulatorial, com idade de 2 a 19 anos, atendida em setor de Nutrição Pediátrica de um hospital universitário no Rio de Janeiro entre março de 1997 e março de 2013. Os dados foram obtidos em banco pré-existente com informações padronizadas de primeira consulta, sendo discriminadas informações quanto ao modo de ingresso, idade, sexo, escolaridade materna, local de moradia, peso, estatura, IMC, circunferência de cintura, pressão arterial, perfil lipídico, peso ao nascer, idade gestacional, aleitamento materno, prática de atividade física e histórico familiar de doenças e fatores de risco em parentes de primeiro e segundo grau. Foram calculadas medidas de associação do tipo razão de chances com intervalos de confiança de 95% na análise bivariada, seguida de uma análise multivariada, com uso da regressão logística, a fim de explorar a influência da história familiar investigada sobre desfechos selecionados nas crianças e adolescentes. Valor de p adotado para significância estatística< 0,05. Resultado: Ao estudar a associação entre excesso de peso e história familiar de obesidade, foi encontrado, em crianças, uma ORA de 4,11 (IC 95%= 2,20- 7,67) para presença de excesso de peso e história familiar de obesidade em um parente de primeiro grau, aumentando para 11,67 (IC 95%= 2,62-52,01) quando dois ou três parentes apresentavam a condição. Nos adolescentes viu-se associação independente entre obesidade em parentes de primeiro grau e excesso de peso, com uma ORA de 2,62 (IC 95%= 1,13-6,09) na presença de um parente obeso e uma ORA de 8,44 (IC 95%= 1,09-65,41) se dois ou três parentes apresentassem obesidade. A presença de dislipidemia familiar elevou a chance para hipercolesterolemia (Ora= 1,72; IC95%= 1,00-2,95) e hipertrigiceridemia (Ora= 1,26; IC 95%= 0,79-2,05) em crianças. Nos adolescentes, a presença de parentes com dislipidemia aumentou a chance de hipercolesterolemia, com uma ORA= 1,97 (1,16-3,33), mas não influenciou, de forma independente a presença de hipertrigliceridemia nessa população, com uma ORA de 1,63 (0,97 – 2,75). Conclusão: Ao considerar a história familiar de obesidade, o aumento no número de parentes com a condição determinou um maior risco estimado de excesso de peso nas crianças e adolescentes. Já a dislipidemia familiar implicou em maior risco independente para presença de hipercolesterolemia em crianças e adolescentes, não sendo observado associação estatisticamente significativa para essa condição familiar e alterações nos níveis de triglicerídeos, tanto em crianças quanto em adolescentes. |