Papel do receptor atípico de quimiocinas ACKR2 na inflamação crônica pulmonar induzida por sílica em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Davidson Furtado
Orientador(a): Martins, Patrícia Machado Rodrigues e Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25639
Resumo: A silicose é uma doença ocupacional, sem cura ou tratamento eficaz, que se caracteriza por inflamação, fibrose e formação de granulomas, onde as quimiocinas têm papel importante na sua fisiopatologia, atuando através de receptores transmembranares convencionais ou atípicos. Neste estudo investigamos o papel modulador do receptor atípico ACKR2 no modelo de silicose experimental murina. Utilizando camundongos silicóticos selvagens, verificamos que a instilação nasal de partículas de sílica levou a uma resposta fibrótica, com um comprometimento da função pulmonar (aumento de resistência e elastância) e hiper-reatividade das vias aéreas à metacolina em relação ao controle, todavia todos esses parâmetros foram menores nos animais silicóticos nocauteados para o gene codificante do receptor ACKR2 A quantificação de partículas de sílica presentes no parênquima pulmonar revelou que os camundongos nocautes apresentaram número mais elevado em comparação com os silicóticos selvagens. Em homogenato de pulmão de animais com silicose verificamos que o receptor ACKR2 tem a expressão do seu RNAm diminuída a partir do terceiro dia do estabelecimento da doença quando comparado com animais controle. Uma diminuição dos níveis leucocitários foi evidenciada no sangue periférico e medula óssea na condição da silicose. Ensaio com macrófagos extraídos de animais nocautes e desafiados com sílica e LPS mostrou que essas células produzem níveis menores de citocinas quando comparados com aqueles das células extraídas de animais selvagens. Esses dados tomados em conjunto, sugerem que o ACKR2 atua de forma diferente dependendo do sítio/órgão em questão por mecanismos que precisarão ser esclarecidos futuramente para as doenças inflamatórias pulmonares crônicas