Trabalho e formação em comunicação e saúde: análise discursivo-ideológica dos manuais sobre emergências e desastres produzidos por organismos internacionais (OMS e OPAS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lindenmeyer, Luciana Pereira
Orientador(a): Martins, Carla Macedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: EPSJV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8813
Resumo: A dissertação analisa, numa perspectiva crítico-ideológica, o discurso de dois manuais produzidos por organismos internacionais (OMS e OPAS) situados no campo da Comunicação e Saúde (C&S) e direcionados, em específico, para as situações de “emergência e desastre”. O estudo se justifica pela concentração da literatura deste campo na crítica à comunicação instrumental e suas formas de superá-la, exigindo uma produção científica no que diz respeito ao trabalho e à formação. Para tal, este trabalho apresenta, primeiramente, as relações entre a comunicação, a hegemonia e a mundialização no capitalismo atual. Discute ainda, de forma sucinta, o surgimento da C&S e as políticas que regem este contexto, assim como o trabalho e a formação dos profissionais que atuam neste campo. Problematiza, também, as questões da sociedade divida em classes e da pedagogia das competências no contexto do trabalho e educação. Aborda ainda a importância dos organismos internacionais da área da saúde na consolidação de um discurso hegemônico para o trabalho no campo da C&S. A partir do referencial teórico-metodológico da crítica discursivo-ideológica, foram definidas quatro categorias de análise do discurso nos manuais: população; emergências e desastres; trabalho e formação; e comunicação e saúde. O resultado do estudo foi a comprovação de um conjunto articulado de sentidos que produzem o discurso hegemônico, a saber: o controle da participação popular atrelado à fragmentação da população; a emergência e o desastre como isolados da produção social; a saúde como efeito; a comunicação como instrumental; e o trabalho e a formação como comportamentais.