Redes e ação intersetorial: a experiência de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil do município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Anjos, Cintia Santos Nery dos
Orientador(a): Uribe Rivera, Francisco Javier
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37452
Resumo: O estudo busca identificar as estratégias adotadas, práticas e desafios cotidianos nas relações interinstitucionais estabelecidas por um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil na construção do trabalho de articulação de rede e implementação de ações intersetoriais no cotidiano do serviço. Visando dar sustentação teórico-conceitual ao estudo, são utilizados os marcos legais que sob o qual se baseia o processo de implantação da Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil no país e os referenciais teórico-conceituais vinculados a Teoria da Produção Social, a Teoria do Agir Comunicativo e Atos de Fala e a Teoria das Conversações. A sustentação empírica deste estudo se deu através da aplicação de entrevistas com profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil situado no Município do Rio de Janeiro e dos serviços da rede, e de observações realizadas nas reuniões de trabalho realizadas entre estes serviços. Destaca-se como objetivos das entrevistas e das observações a identificação das ações desenvolvidas no cotidiano pelos profissionais do serviço voltadas a articulação de redes e para o desenvolvimento de ações intersetoriais, a apreensão das concepções que embasam as ações destes profissionais e de profissionais de serviços que mantêm articulação permanente com o CAPSi e a identificação dos desafios enfrentados no trabalho de articulação de redes e desenvolvimento de ações extramuros. Adota-se uma abordagem qualitativa e uitiliza-se a aplicação de entrevistas semiestruturadas e observação participante como técnicas de coleta de dados. Entre os resultados destacam-se a imprescindibilidade do trabalho intersetorial na prestação da assistência na visão dos profissionais do CAPSi e de profissionais que compões a rede de serviços local, o trabalho de rede como um trabalho em permanente construção, o CAPSi como disparador da comunicação entre os serviços, a necessidade de aprimoramento da comunicação entre instituições e diversidade conceituais acerca da concepção de rede como desafio colocado à coordenação de ações e á interação entre serviços. A aproximação, a disponibilidade e a escuta do outro aparecem como ferramentas no estabelecimento desta comunicação, porém constata-se a necessidade de maior diálogo entre os atores. Conclui-se que o CAPSi no exercício de ordenador da rede de saúde mental no seu território de responsabilidade, se constitui ator importante no fomento a realização de encontros com os demais atores da rede, encontros estes facilitadores da constituição de vínculos e interação entre serviços, gerando aumento de ações conjuntas e compartilhadas no nível da co-responsabilização.