Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Célia Regina de |
Orientador(a): |
Avanci, Joviana Quintes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58586
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Resumo: |
O objetivo principal da tese é investigar o papel das experiências adversas na infância (EAI), incluindo as violências e fatores de proteção, associadas aos sintomas depressivos em adolescentes escolares de São Gonçalo, Rio de Janeiro. O estudo caracteriza-se por um desenho transversal com uma amostra de 1.117 adolescentes de 13 a 19 anos, estudantes de escolas públicas e particulares. A depressão foi avaliada pelo Inventário de Depressão Infantil e foram investigadas variáveis de experiências adversas na infância e violências. Os fatores de proteção foram caracterizados pelo apoio social, resiliência, religião e os itens de bom relacionamento com a mãe, irmãos e amigos e supervisão familiar. A análise envolveu análises bivariadas, Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e modelo de equação estrutural, tendo as EAI e violências como variáveis de exposição e sintomas depressivos como variável de desfecho. O artigo 1 visa identificar os padrões das experiências adversas na infância entre os adolescentes escolares segundo características sociodemográficas e sintomas depressivos. Os resultados mostram a organização de oito grupos compostos por: meninas e adolescentes de estrato social mais baixo e experiências adversas na infância relacionadas ao ambiente; meninos, de estrato social mais alto sem ter vivido experiências adversas na infância; adolescentes com sintomas de depressão e experiências adversas na infância dirigidas fisicamente a eles/família; adolescentes de cor de pele branca, sem sintomas de depressão e que não vivenciaram experiências adversas na infância; adolescentes de cor de pele preta/parda/amarela/indígena que vivenciaram experiências adversas na família e na comunidade; adolescentes que perderam pai e mãe por morte e falta de comida em casa; adolescentes que vivenciaram violência psicológica, adolescentes que vivenciaram experiências sexuais envolvendo seus pais. O artigo 2 tem como objetivo estimar o efeito dos fatores de proteção com sintomas depressivos em adolescentes escolares, controlados pelo sexo e cor de pele. O modelo final destaca o apoio social, bom relacionamento com a mãe, amigos e supervisão familiar como importantes fatores de proteção para os sintomas depressivos. O artigo 3 analisa os efeitos do acúmulo de experiências adversas na infância e sintomas depressivos, mediados pelo apoio social. Os resultados mostram relação das dimensões socioeconômica, familiar, comunitária e total das EAI com os sintomas de depressão de adolescentes. A chance de desenvolver sintomas depressivos aumenta com o acúmulo de exposições adversas e encontra-se mediado pelo apoio social. É preciso investir na promoção de saúde e em fatores de proteção de alguns grupos mais vulnerabilizados. |