Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Diego Luiz dos |
Orientador(a): |
Facchinetti, Cristiana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56525
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Resumo: |
O trabalho tem como objetivo promover o debate acerca da influência da cultura psicanalítica na construção das subjetividades estadunidenses durante as décadas de 1970 e 1980. Historiadores da psicanálise e dos saberes psi em geral observam que no período pós-Segunda Guerra Mundial, em grande parte do Ocidente, a psicanálise não só foi apropriada pela psiquiatria, como passou a atravessar os mais diversos saberes locais. Nesta dinâmica, ideias psicanalíticas passaram a integrar esferas artísticas, publicitárias, jornalísticas, entre outras, influenciando e sendo influenciadas pela cultura de cada local onde foi apropriada. Este fenômeno tornou possível a construção de modos não apenas científicos, mas populares, de interpretações acerca da loucura e da construção das subjetividades. Partindo desta premissa, a tese discute as especificidades dessa apropriação e seus impactos para a construção da história de pessoas comuns e de suas vidas nos Estados Unidos na segunda metade do século XX. As principais fontes de pesquisa foram obras de artistas underground estadunidenses que inseridos no contexto da contracultura, produziram e distribuíram histórias em quadrinhos marginais de cunho autobiográfico com objetivo de investir mum processo de construção-de-si e firmar um posicionamento crítico aos valores morais hegemônicos na cultura estadunidense. À luz de conceitos como cultura psicanalítica, de Sérvulo Figueira, apropriação de Roger Chartier e circulação de saberes de Kapil Raj, foi possível compreender como os artistas elegeram categorias psicanalíticas como “recalque” e “neurose”, com objetivo de contestar as instituições sociais e os ideais de família nuclear reforçados durante a Guerra Fria. O trabalho, portanto, nos oferece um vislumbre acerca das maneiras como a arte e os saberes psi podem ser mobilizados como instrumentos de crítica e transformação social e cultural |