Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Denize Francisca da |
Orientador(a): |
Rêgo, Marco Antônio Vasconcelos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13254
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Resumo: |
O crescimento da Telefonia Celular (TC) e, portanto, do número de Estações Radiobase (ERB), que estabelecem a comunicação com os aparelhos celulares, ampliou a aplicabilidade de serviços decorrentes desta tecnologia sem fio. Embora apresente benefícios para o estilo atual de vida, a TC tem gerado preocupações sobre os possíveis efeitos adversos à saúde das populações expostas às radiações eletromagnéticas não ionizantes (RENI). Estão inclusos nesta tese o conjunto de três artigos com o objetivo geral de investigar a associação entre exposição a radiações eletromagnéticas não ionizantes decorrentes das ERB/TC e efeitos à saúde. Em estudo de corte transversal, foram aplicados 440 questionários por meio de entrevistas domiciliares em dois bairros na cidade de Salvador/BA. Inicialmente analisou-se a exposição às RENI/TC quanto às formas de uso do aparelho de telefone celular e a percepção da população quanto à exposição às RENI. Considerando os fenômenos físicos da absorção, reflexão e difração, que afetam a propagação das ondas eletromagnéticas e características do funcionamento do telefone celular, especialmente por ser esta a fonte mais forte do cérebro a RENI, a forma de uso pela população, a inexistência de ERB/TC em Monte Serrat, considerando ainda, as pesquisas que apontam associação entre RENI do telefone celular e efeitos a saúde e os achados desta investigação, considera-se pertinente a hipótese de associação entre efeitos à saúde e os exposição à RENI/TC. Estes efeitos estariam mais vinculados ao uso do telefone celular em relação à ERB/TC. Neste sentido, entende-se que as razões que deveriam ser de maior preocupação da população estão relacionados â duração das chamadas, ao uso do aparelho com sinal de cobertura fraco e a proximidade do aparelho ao crânio, dentre outros modos inadequados de uso. No caso da exposição à RENI/ERB, tendo em vista os baixos valores de campo elétrico e que os indivíduos estão em campo distante, os efeitos poderiam ser para os residentes até 300 m do seu entorno. Na análise da percepção dos entrevistados, observou-se mais a referência a riscos que a benefícios. Verificou-se que idade influencia na percepção do risco associado às RENI/TC. Avaliou-se a associação entre queixas e diagnósticos psiquiátricos e neurológicos e a exposição às RENI/TC, utilizando-se a análise de regressão logística hierarquizada. Observou-se uma associação entre efeitos neuropsiquiátricos e residir próximo à ERB e formas de uso do telefone celular (mais de 30min/dia, com sinal de cobertura fraco, perto do corpo, dois ou mais chips e nunca desligar o celular ao dormir). Concluiu-se que a exposição à RENI/TC foi associada aos efeitos neuropsiquiátricos independente do sexo, escolaridade e tabagismo. Neste sentido, recomenda-se a adoção de medidas precaucionárias com intuito de se reduzir este tipo de exposição: a instalação de ERB/TC afastada pelo menos a um raio de 300 m das residências. O usuário de telefone celular deve utilizar fone de ouvido ou pop fone, assim como, evitar usar o aparelho com sinal de cobertura fraco; deve-se ainda deixar o telefone celular afastado do corpo e mantê-lo desligado ao dormir. Estes resultados podem orientar as autoridades no sentido da realização de ações de prevenção/precaução e informações para tomada de decisões quanto ao gerenciamento e comunicação de risco em prol da promoção da saúde dos indivíduos quando expostos a tais radiações. |