Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Patrícia Alves de |
Orientador(a): |
Chinelli, Filippina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
EPSJV
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49104
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Resumo: |
Esta pesquisa propõe analisar as implicações da reestruturação produtiva sobre as relações de trabalho e a qualificação para o trabalho dos técnicos de enfermagem que atuam em um centro cirúrgico de um hospital público da cidade do Rio de Janeiro. A aceleração do desenvolvimento tecnológico, sobretudo da microeletrônica e das tecnologias de comunicação e informação, inaugurou o chamado capitalismo flexível que têm como uma de suas características a flexibilização dos vínculos trabalhistas e precarização do trabalho e da vida. As empresas almejavam a otimização do trabalho com consequente redução de custos de produção e aumento da extração de mais valia. Obedecendo a lógica capitalista, a reestruturação produtiva alcança todos os campos produtivos, incluindo a saúde e a formação de seus profissionais de forma a “educa-los” em conformidade as necessidades do capital. O trabalho em saúde se dá nas relações entre profissional e indivíduo ou no coletivo, porém, hoje quase sempre intermediado por tecnologias, transformando as relações de cuidado e do fazer em saúde. A Reforma do Estado que inaugurou o gerencialismo na saúde, acabou por produzir políticas sociais focalizadas, comprometendo o acesso ao atendimento em saúde e transformando as relações de trabalho no setor se tornam cada vez mais precarizadas. Nesse quadro, a possibilidade de concretização das políticas públicas de saúde e os princípios do SUS ficam comprometidos, na medida em que os atendimentos e intervenções sofrem com a diminuição dos investimentos e a precarização do trabalho. Atualmente a necessidade de produzir cada vez mais em saúde com um quantitativo de profissionais atuantes cada vez menor. O trabalho do auxiliar/técnico de enfermagem não é alheio a esse processo. Ele vivencia em sua prática profissional os reflexos de uma crescente privatização da saúde, da flexibilização de seu trabalho e da inserção de novas tecnologias em saúde, como alternativas de tornar o SUS mais “eficiente”. |