Depresión materna perinatal y su relación con trastornos externalizantes en la primera infancia en Uruguay

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Casal Cesarini, Selva Valentina
Orientador(a): Theme Filha, Mariza Miranda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55269
Resumo: O estudo da psicopatologia materna e sua associação com transtornos na infância tem sido amplamente estudado, assim como sua associação com outros determinantes. No entanto, poucos estudos avaliam o efeito causal da depressão materna para transtornos mentais em crianças em idade pré-escolar. Com o objetivo de contribuir para o conhecimento sobre o tema, dada a sua importância ao nível da saúde pública, é que através deste trabalho avaliou-se a relação entre os sintomas depressivos perinatais maternos e a psicopatologia infantil. Dada a complexidade da abordagem e os múltiplos fatores de influência, foi realizado um modelo de análise multivariada, cuja identificação do conjunto mínimo de variáveis ​​para controle de possíveis fatores de confusão foi realizada por meio de um Diagrama Acíclico Dirigido (DAG). Também inclui possíveis fatores de risco com base na literatura existente. O HGD é uma ferramenta que codifica graficamente os determinantes causais da relação entre as diferentes variáveis, por meio da conexão de setas, permitindo a construção de um modelo teórico-conceitual para descrever a relação causal entre depressão perinatal materna e transtornos externalizantes da primeira infância. Uruguai. Os dados foram obtidos a partir do levantamento realizado na primeira e segunda onda da ENDIS (Pesquisa Nacional de Desenvolvimento e Saúde Infantil) desenvolvida durante os anos de 2013 e 2015, respectivamente. Foram incluídas no estudo as díades mãe-filho, que foram entrevistadas na primeira e segunda onda, que foram respondidas pela mãe das crianças que receberam o questionário Child Behavior Checklist CBCL durante a segunda onda. O CBCL classifica as crianças de acordo com seu desfecho como normais, limítrofes e clínicas para transtornos internalizantes e externalizantes. Nosso estudo teve como objetivo avaliar a relação entre a patologia depressiva perinatal materna e o desenvolvimento de transtornos externalizantes na primeira infância no Uruguai. Foram incluídos os dados de 2.239 crianças pesquisadas na primeira e segunda ondas onde a entrevista foi respondida pela mãe da criança. Foi realizada análise multivariada por meio de modelos de regressão logística binomial, para estimar o Odds Ratio ajustado para as covariáveis ​​selecionadas no DAG e disponíveis no banco de dados da ENDIS, com seus respectivos IC 95%. Na soma da análise bruta e ajustada, observa-se associação estatisticamente significativa entre depressão materna perinatal e desenvolvimento de transtornos externalizantes em crianças de 3 a 6 anos, com OR de 2,48 e 2,27, respectivamente. Confirmando que a psicopatologia perinatal materna é um fator de peso para o desenvolvimento da psicopatologia infantil.