Ecologia de flebotomíneos capturados em área de transmissão de Leishmaniose Visceral no município de Várzea Grande, Estado de Mato Grosso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Missawa, Nanci Akemi
Orientador(a): Dias, Edelberto Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/21027
Resumo: A Leishmaniose Visceral (LV) afeta o homem e outros animais, e sua transmissão, inicialmente silvestre ou concentrada em pequenas l ocalidades rurais, está atualmente ocorrendo em centros urbanos de médio e grande port e, em área domiciliar ou peridomiciliar. Os flebotomíneos desempenham papel de grande import ância médica e a principal espécie vetora da Leishmania (Leishmania) infantum chagasi , protozoário causador da LV no Brasil, é Lutzomyia longipalpis. O trabalho teve como objetivo levantar a fauna fleb otomínica, verificar a capacidade dos flebotomíneos adentrarem o ambiente domiciliar, conhecer a distribuição sazonal, a preferência alimentar e a t axa de infecção natural de L. longipalpis em área de transmissão de LV, além de correlacionar os dados vetoriais com inquéritos caninos e ocorrência de casos humanos na área. Os flebotomíne os foram capturados nos bairros Eldorado, São Matheus e Parque Sabiá, no município de Várzea Grande/MT. As coletas foram realizadas mensalmente no intra e peridomicíl io, durante quatro noites consecutivas em 10 residências, no período de janeiro de 2004 a jun ho de 2006, utilizando-se armadilha de luz do tipo CDC. Foram capturados 12.833 flebotomíneos, pertencentes aos gêneros Lutzomyia (22 espécies) e Brumptomyia (uma espécie). A espécie dominante foi L. longipalpis com freqüência relativa de 65,23% e predominância de ma chos no ambiente peridomiciliar. A partir do teste de precipitina, observou-se que as fêmeas alimentaram-se preferencialmente de sangue de aves (30,77%). Foi verificada uma taxa de infecção natural de 0,71% de L. (L.) infantum chagasi em “pools” de 10 fêmeas de L. longipalpis através da PCR-RFLP. Observou-se a ocorrência de L. longipalpis em todos os meses do ano, com aumento da densidade no período chuvoso (entre os meses de out ubro e março), sendo maior após o registro das primeiras chuvas. O conhecimento da di stribuição do vetor infectado auxilia na compreensão da eco-epidemiologia da doença para sub sidiar medidas eficazes de controle da doença