Dialogando sobre educação em saúde e ética a partir da experiência do curso técnico em saúde comunitária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Matielo, Etel
Orientador(a): Ros, Marco Aurélio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58340
Resumo: Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória, realizada com sete egressos do Curso Técnico em Saúde Comunitária (CTSC) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Seu principal objetivo foi Analisar interações entre educação em saúde - questões éticas - questões políticas no cotidiano dos egressos do curso técnico em saúde comunitária do MST. A pesquisa mesclou pesquisa qualitativa com a Investigação Temática proposta por Paulo Freire. Com a exploração, inferência e interpretação do material de pesquisa foram encontradas cinco categorias, quatro que surgiram do momento específico de coleta de dados e uma que surgiu do próprio cenário de pesquisa, foram elas: (1) a amenidade do setor saúde; (2) saída dos militantes e estagnação do setor de saúde; (3) no curso aprendemos a lidar e valorizar o ser humano como um todo; (4) educação em saúde deve estar ligada a um projeto de sociedade; (5) quando precisa, o setor de saúde da conta. No processo de interpretação do material estas categorias foram agrupadas em três grandes grupos temáticos: Contrahegemonia do setor saúde no interior do movimento, trabalho em saúde e educação em saúde. Com esta organização foi percebida a transversalidade da categoria: No curso aprendemos a lidar e valorizar o ser humano como um todo. Demonstrou-se como característica do processo de formação do MST uma contraposição a formação fragmentada ainda hoje hegemônica nos cursos da área da saúde, o que contribuiu para a compreensão de um dos principais desafios na formação de profissionais para atuarem no SUS: estimular processos educativos articulados com lutas maiores dos movimentos sociais, contribuindo para uma formação não fragmentada em que as pessoas são compreendidas como sujeitos históricos, sociais e coletivos.