Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Dias, Fernando Braga Stehling |
Orientador(a): |
Diotaiuti, Liléia Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4288
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Resumo: |
O número crescente de casos agudos da doença de Chagas no estado do Pará, notificados nas últimas duas décadas, tem sido associados, em parte, a ingestão de suco de frutos de palmeiras locais, principalmente açaí e bacaba. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os aspectos ecológicos da Tripanossomíase Americana em comunidades do médio Tapajós, Pará, Brasil, e riscos de transmissão do Trypanosoma cruzi às populações humanas da região. Para isto, foram dissecadas 136 palmeiras, sendo 60 no final do período chuvoso e 76 no final do período de seca. Destas, 73 (53,7%) estavam infestadas por triatomíneos e foram encontradas três espécies, a saber: Rhodnius robustus, Rhodnius pictipes e Panstrongylus lignarius. Foram coletados 743 triatomíneos, sendo predominante a presença de R. robustus (n=739). A identificação da infecção natural dos insetos por tripanosomatídeos revelou que 125 triatomíneos estavam infectados pelo T. cruzi, 69 por T. rangeli e 14 apresentaram ambos os parasitas, indicando a presença de infecção mista no mesmo vetor. Foi realizada a tipagem molecular de T. cruzi de acordo com a nova nomenclatura e os resultados demonstraram predominância do grupo TCI (n=29). Além disso, foi constatada a ocorrência de TCII, a presença de TCI e TCII no mesmo triatomíneo e 12 isolados de TCI apresentaram uma variante, sugerindo a existência de um subgrupo dentro de TCI. A análise das fontes alimentares revelou que R. robustus, espécie predominante de triatomíneo coletada nas palmeiras investigadas, alimentou-se na sua grande maioria em mamíferos silvestres. Foram também identificados “sangue” de outras fontes alimentares, como aves e répteis no conteúdo digestivo dos espécies investigados. As análises cartográficas de Kernel e do Interpolador de Médias demonstraram que a comunidade São Tomé apresenta maiores aglomerados (hotspots) tanto em infestação das palmeiras, quanto na densidade triatomínica e número de insetos infectados. Desta forma, os resultados sugerem que São Tomé é a comunidade com maior risco de infecção à população e demonstram a existência de um ciclo silvestre intenso na região que demanda vigilância para prevenção da transmissão. |