Câncer de mama no hospital de câncer de Pernambuco: perfil sociodemográfico e aspectos relacionados ao atraso no diagnóstico e tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Paiva, Christiano José Kühl
Orientador(a): Cesse, Eduarda Ângela Pessoa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31903
Resumo: O câncer de mama representa hoje um grave problema de saúde pública. Sua incidência cresce em todo o mundo e nos países em desenvolvimento, como o Brasil, vem associado a um preocupante aumento da mortalidade. Em Pernambuco as neoplasias ocupam o segundo lugar no ranking das causas de morte da população, sendo a neoplasia maligna da mama a principal causa de morte por câncer em mulheres. Os melhores resultados no tratamento do câncer são alcançados quando as pacientes são tratadas precocemente nos estadios iniciais da doença. Alguns autores apontam que o retardo na investigação das lesões suspeitas é a principal causa do insucesso terapêutico. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil sociodemográfico das pacientes matriculadas no departamento de mastologia do Hospital de Câncer de Pernambuco e investigar os aspectos relacionados ao atraso no diagnóstico e tratamento. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, descritivo de corte transversal que foi subdividido em dois momentos distintos. Analisamos os resultados e os comparamos aos dados do Registro Hospitalar de Câncer. Encontramos que 48% das pacientes tinham entre 60 e 79 anos, eram brancas (60%), casadas (48%), tinham o primeiro grau completo (44%) e eram católicas (52%). A maioria se apresentava em estadios avançados (72%), após longos períodos sintomáticos e demonstravam pouco conhecimento a respeito da doença. Identificamos que houve atraso no diagnóstico e início do tratamento envolvendo diversos níveis; relacionados a usuária, aos profissionais de saúde e aos provedores, fazendo com que os prazos ideais preconizados e garantidos por lei não fossem atingidos pela maioria das mulheres (56,6%). Concluímos ser necessário reavaliar a estruturação da rede de atenção oncológica e as estratégias de combate à doença para que possamos aumentar a efetividade das ações e reverter a tendência de crescimento do número de mortes.