É ou não a defesa social? Polícia, ciência e identificação criminal no Rio Janeiro, 1899-1915

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Patrasso, André Luís de Almeida
Orientador(a): Edler, Flavio Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50372
Resumo: A presente tese de doutorado possui como objetivo a análise e a caracterização do processo de institucionalização de métodos de registro pessoal para fins criminais e civis no Rio de Janeiro entre 1899 e 1915 no âmbito do Gabinete de Identificação e de Estatística. O intervalo temporal examinado se justifica na medida em que compreende o período desde a criação do primeiro serviço de identificação criminal da polícia do Rio de Janeiro, então baseado na medida de determinados segmentos do corpo humano, até a desarticulação da Escola de Polícia do Rio de Janeiro, cujo programa se apoiava no ensino e na sistematização de dados oriundos da coleta de impressões digitais. O seu diferencial em relação a outros trabalhos já elaborados sobre a temática policial nesse período fundamenta-se pelo enfoque do debate em torno da questão técnica, de maneira geral, apresentado como algo secundário ou até mesmo subalterno, mas que, conforme será exposto, possuía autonomia e a sua própria história. Desse modo, optou-se por uma abordagem cronológica e micro-histórica, com especial atenção à constituição de redes sociotécnicas entre diferentes atores e também às relações políticas derivadas desses contatos, que não se restringiam à cidade do Rio de Janeiro ou ao Brasil, já que envolviam pessoas e instituições de países da América do Sul e da Europa através de correspondências, publicações e encontros.