Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andréa Marques Vieira da |
Orientador(a): |
Moraes, Milton Ozório |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34427
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Resumo: |
A hepatite C crônica (HCC) é um grande problema de Saúde Pública, pois se apresenta como uma doença assintomática, onde 20% irão progredir para cirrose, podendo ainda evoluir para carcinoma hepatocelular. Os polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) próximos a região do interferon lambda 3 (IFNL3) são marcadores que estão associados a eliminação espontânea do vírus, e no desfecho dos tratamentos à base de Peg-interferon (Peg-IFN\03B1), bem como, tratamentos recentes com os antivirais de ação direta. Neste estudo, a genotipagem de SNPs na região de IFNL3 e IFNL4 na população Brasileira e seu papel na resposta virológica sustentada (RVS) e na regulação da resposta imunológica sistêmica foram avaliados. Para isso, 740 pacientes com HCC infectados com genótipos virais 1, 2 e 3 tratados com Peg-IFN\03B1 e ribavirina foram recrutados (conforme protocolo do Ministério da Saúde de 2015) as amostras coletadas nos tempos 0, 1ª, 2ª, 3ª, 12ª semanas de tratamento e 3ª semana pós-tratamento, juntamente com 24 amostras de voluntários sadios (0, 24 e 72 horas) que receberam uma dose dos biofármacos. Avaliamos a frequência de 12 SNPs da região gênica do IFNL3 e 4 em pacientes estratificados de acordo com o desfecho. Confirmamos a associação de 10 SNPs com o desfecho favorável do tratamento na população miscigenada brasileira. Dentre estes, destacam-se os SNPs rs12979860, rs8109886 e rs8099917 que, após análises de desequilíbrio de ligação, funcionam como etiquetas de cobertura de toda região Além disso, utilizando a combinação entre os genótipos destes três SNPs preditores aumentou-se a taxa de predição da RVS, independente de outros fatores preditivos do hospedeiro. A partir das amostras de um subgrupo de 24 pacientes e 24 voluntários sadios, foram avaliados níveis séricos de citocinas e quimiocinas bem como a expressão de genes da via de sinalização do IFN tipo I. O perfil observado nos níveis de CCL3, CCL4 e CXCL10 se mostraram bons biomarcadores de RVS. Níveis baixos de CCL4 e CXCL10 foram detectados em pacientes com genótipo rs12979860-CC, favorável a resposta ao tratamento. Apresentaram diferenças significativas entre pacientes homozigotos CC em relação aos pacientes com genótipo TT. Por fim, os pacientes apresentaram o efeito antagônico entre IFN-\03BB e os genes da via dos IFN tipo I, onde níveis altos de expressão de mRNA de IFNL3 e 4 antes do tratamento estavam associados à níveis baixos do IFNA1 nos pacientes com HCC. Genes expressos da via de sinalização do IFN tipo I apresentaram altos níveis antes do início do tratamento, com exceção dos genes IFNA1, IFNAR e IFHI. Em resumo, estes dados sugerem que a combinação de genótipos de rs12979860, rs8109886 e rs80999917 são preditores mais precisos do resultado do tratamento em uma população miscigenada como a Brasileira e que os genótipos do gene IFNL3 e 4 regulam a resposta imuno-inflamatória indicando que os mecanismos genéticos controlam a regulação dos níveis de IFNs tipo I exercido pelos IFNs tipo III. |