Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Cotrim-Guimarães, Iza Manuella Aires |
Orientador(a): |
Vieira, Ana Luiza Stiebler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2366
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Resumo: |
O Hospital Universitário Clemente de Faria - HUCF do município de Montes Claros (MG) implantou um Programa de Educação Permanente e Continuada - PEPEC, a ser operacionalizado em todos os seus setores clínicos e administrativos, a partir de agosto de 2007. Relatórios do Programa indicaram que muitos setores apresentaram dificuldades para implementar a educação permanente em saúde- EPS, principalmente aquelas ações voltadas para as equipes de enfermagem, dada a sua complexidade. A coordenação do Programa decidiu, então, focalizar as ações na equipe de enfermagem da clínica médica do Hospital, ala “A”, que foi identificada como a clínica piloto para desenvolvimento das ações de melhoria dos serviços. Entretanto, verificou-se que mesmo após a mudança de estratégia e concentração dos esforços na referida clínica, a participação da equipe de Enfermagem nas atividades do Programa permanecia baixa, mesmo quando desenvolvidas no horário de serviço. O relatório do PEPEC aponta como motivos para a baixa adesão dos servidores a sobrecarga de trabalho, desmotivação e resistência à mudança. Todavia, os motivos apontados constituem-se em inferências da equipe gestora da Enfermagem e, portanto, precisavam ser analisados adequadamente para subsidiar o planejamento de ações interventoras. Justificativa: A pesquisa se justificou pela possibilidade de ampliação da produção bibliográfica acerca do processo de EPS. Trará contribuições à comunidade acadêmica e sociedade em geral, uma vez que apresenta a análise de uma situação real de implantação e desenvolvimento de uma ação de EPS. Os resultados poderão, também, orientar as Escolas Técnicas do SUS na (re)construção dos seus currículos. Tais instituições são formadoras de trabalhadores da área de saúde, devendo se orientar nas diretrizes e políticas do Sistema, a fim de contribuir para sua consolidação e melhoria da qualidade dos serviços no SUS. Objetivo Geral: Analisar os fatores que contribuíram para a baixa adesão dos Técnicos em Enfermagem e Enfermeiros da clínica médica do Hospital Universitário Clemente de Faria ao Programa de Educação Permanente e Continuada. Metodologia: Através da abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa utilizou como instrumento de coleta: análise documental do Programa e três questionários com perguntas abertas e fechadas, sendo um dirigido aos Técnicos em Enfermagem da ala “A” da clínica médica, outro dirigido aos Enfermeiros da mesma clínica e um questionário para a equipe gestora da Enfermagem no HUCF. Conclusão: o Programa de Educação Permanente e Continuada da clínica médica do Hospital Universitário Clemente de Faria foi elaborado e planejado em consonância com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Suas diretrizes estão em conformidade com as principais discussões teóricas sobre EPS (que inclusive subsidiaram a Política). Entretanto, verificamos que, na prática, as ações desenvolvidas na clínica como ações de educação permanente apresentam características divergentes desse processo educativo, a saber: atividades focadas no repasse de informações e centralização na definição de temas a serem discutidos e da própria metodologia desenvolvida. Estas questões contribuem para a baixa adesão da equipe de Enfermagem ao Programa, vez que a forma como as ações são desenvolvidas não valoriza a experiência dos trabalhadores e não possibilita sua efetiva participação, tanto no planejamento quanto na sua realização propriamente dita. Acabam por não imprimir significado para a prática profissional, desestimulando o interesse dos profissionais no Programa, fazendo com que os mesmos priorizem outras atividades que não a educação permanente em saúde. Resultados: Elaboração coletiva com a equipe de Enfermagem da Clínica Médica do HUCF de uma proposta de fortalecimento das ações do PEPEC. |