Clampeamento tardio do cordão umbilical: estudo de Coorte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Goes, Juliana Fionda
Orientador(a): Moreira, Maria Elisabeth Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26357
Resumo: HISTÓRICO: Baseados em recentes estudos que demonstraram que um atraso no clampeamento do cordão umbilical aumenta os níveis de hemoglobina, hematócrito e ferritina nos primeiros 4 a 6 meses de vida, a OMS e demais sociedades de Pediatria e Obstetrícia passaram a recomendar esta prática ao nascimento. No entanto, devido à possibilidade de policitemia e hiperbilirrubinemia resultantes da transfusão placentária excessiva, e de resultados controversos de diversos estudos, esta prática ainda é vista com cautela. OBJETIVOS: Avaliar a influência do clampeamento tardio do cordão umbilical na indicação de fototerapia, assim como o tempo de tratamento, os níveis médios da bilirrubina, hematócrito e peso residual da placenta. MÉTODO: Neste estudo prospectivo, os recém-nascidos sem fatores de risco para icterícia, foram submetidos à medida da bilirrubina transcutânea, e quando necessário à medida sérica com 24, 48 e 72 horas de vida. Os valores foram comparados entre os 2 grupos do estudo, recém-nascidos submetidos ao clampeamento imediato ou precoce do cordão (até 1 minuto de vida) e os submetidos ao clampeamento tardio do cordão umbilical (após 1 minuto de vida). RESULTADOS: De julho de 2014 a dezembro de 2015, foram admitidos 893 recém-nascidos. Destes, 308 foram excluídos e 585 foram incluídos, sendo 399 no grupo clampeamento imediato ou precoce (grupo 1) e 186 no grupo clampeamento tardio do cordão umbilical (grupo 2). 3,5% do grupo 1 e 4,3% do grupo 2 necessitaram de fototerapia. O risco relativo deste desfecho foi de 0,809, sem significância estatística, com p=0,639 (CI95% 0,333- 1,964). As diferenças nos valores médios de bilirrubina com 24, 48 e 72 horas entre os dois grupos foram estatisticamente significativas, com p=0,000, 0,006 e 0,037, respectivamente. O tempo de tratamento foi 40,29 horas no grupo 1 e 33 horas no grupo 2 (p=0,403), o hematócrito médio foi 63,32% no gr